Francimara explica ações em Santa Clara
12/04/2018 18:22 - Atualizado em 16/04/2018 17:21
A prefeita de São Francisco de Itabapoana (SFI), Francimara Barbosa Lemos (PSB), acompanhada do vice-prefeito Claudio Henriques, de secretários e outros integrantes de sua equipe, esteve reunida com moradores de Santa Clara, no Hotel Mineirão, na noite da última quarta-feira (11). O encontro teve o objetivo de explicar as ações emergenciais para drenar a água das áreas alagadas na localidade, após as últimas chuvas que caíram no município.
— Solicitei uma reunião com o superintendente regional do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Renê Justen, que nos explicou que o fenômeno das águas aqui ocorre em média a cada 10 anos. Tecnicamente, revelou que se fosse ele não abriria a vala e deixaria a água secar naturalmente, o que levaria de 100 a 110 dias, caso neste período não chovesse. Mas como eu poderia deixar as famílias que residem nas áreas que estão alagadas nesta situação?”, questionou a prefeita ao ressaltar que também ficou preocupada com possíveis doenças que poderiam ser recorrentes ao acúmulo de água, como a dengue, zika e chikungunya.
Francimara ressaltou que, devido à complexidade do problema e das intervenções necessárias, precisou de autorização para o início das obras. “Temos que agir sempre com responsabilidade e não poderíamos reabrir a vala sem que houvesse ao menos um sinal verde do Ministério Público (MP) e do Inea. Vale ressaltar que o problema não está restrito apenas a duas ou três ruas, mas atinge várias vias públicas de Santa Clara”, destacou.
A procuradora-geral do município, Eliza Abud, detalhou as ações jurídicas para possibilitar o início das obras. “Em 2007, quando ocorreu uma situação de alagamento, também houve a necessidade de forma emergencial da abertura de uma vala, sendo esta demanda apresentada pela comunidade ao MP. Através de um inquérito houve um acordo e a vala foi aberta, através de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Em 2017, através de um novo acordo, entre o município e o Inea, depois de estudos que constam no inquérito apontando que a vala não fazia mais sentido, ocorreu o fechamento. No entanto, após o alagamento deste ano e o estudo do Planejamento sobre a reabertura da vala para drenar a água, segunda-feira estivemos no MP. O inquérito encontra-se com o promotor Marcelo Lessa e depois que apresentamos a situação, ele liberou para tomarmos as medidas necessárias, acrescentando que Santa Clara do jeito que está não poderia ficar”, pontuou.
O presidente da Associação dos Moradores da Praia de Santa Clara (Amprasc), Jorge Lúcio Ferreira, falou em nome da comunidade: “Agradeço a presença de todos vocês e ao Ivan pela cessão do espaço do Mineirão para esta reunião. Tenho certeza de que aos poucos os problemas serão solucionados”. (A.N.)

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