Roraima entra com ação para pedir fechamento da fronteira com a Venezuela
13/04/2018 17:53 - Atualizado em 19/04/2018 17:31
Suely Campos
Suely Campos / Reprodução
O governo de Roraima entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para a União fechar temporariamente a fronteira com a Venezuela. A ação foi protocolada no Supremo nesta tarde. A relatora do pedido será a ministra Rosa Weber. Em entrevista à TV Globo, a governadora Suely Campos (PP) disse que Roraima não está conseguindo lidar com a quantidade de imigrantes venezuelanos que chega ao estado.
Suely Campos afirmou que não concorda com a atual política da União com relação à entrada de venezuelanos. Ela disse que, por dia, chegam ao estado de 500 a 700 imigrantes da Venezuela.
O país vizinho passa por uma severa crise política, econômica e social. O Brasil tem sido um dos principais destinos de quem deixa a Venezuela em busca de melhores condições de vida.
Além do fechamento temporário da fronteira, a governadora disse que Roraima também pediu no STF mais verbas da União para lidar com os imigrantes. Na ação, o governo do estado afirma que a União tem sido "omissa" na sua função de controlar as fronteiras.
"O estado de Roraima protocolou uma ação civil originária no STF contra a União 'na sua obrigação de fazer', porque a União precisa efetivamente controlar a fronteira no estado de Roraima. Da forma como está sendo feito, nós não concordamos, porque continuamos tendo um grande impacto no fluxo imigratório venezuelano. Com essa facilitação na fronteira feita pela União, está cada dia mais entrando venezuelano. Entram, por dia, de 500 a 700 venezuelanos no estado de Roraima”, disse a governadora.
“Essa ação foi feita no sentido de efetivar o controle da fronteira, [enviar] recursos para o nosso estado e fechar a fronteira temporariamente, porque como podemos deixar entrar mais venezuelanos se nós não podemos organizar os que estão aqui?”, completou Suely Campos.
Na ação, o governo de Roraima alegou que é o estado mais pobre da federação e não tem condições de oferecer serviços obrigatórios, como saúde e educação, diante do "aumento descontrolado do fluxo migratório".
Fonte: G1

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