Temer assina decreto de criação da ZPE do Açu e destaca parceria com estados e municípios
27/12/2017 14:55 - Atualizado em 27/12/2017 20:00
O Porto do Açu, em São João da Barra, recebeu, na manhã desta quarta-feira (27), o terceiro presidente da República. Michel Temer (PMDB) esteve no local, onde assinou o decreto que cria a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Temer destacou a importância do empreendimento não só para a região e o Estado do Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil. O presidente estava acompanhado do ministro-chefe da secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira (PRB), e os deputados Júlio Lopes, Christino Áureo, Paulo Feijó (PR), Altineu Côrtes (PMDB) e Soraya Santos (PMDB).
Compuseram a mesa, ao lado do presidente, a prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), e o prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS). Rafael, por sinal, seguiu para Brasília no avião presidencial a convite do presidente Temer. Ele terá uma agenda com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Também estiveram presentes a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, o prefeito de Cardoso Moreira, Gilson Siqueira, os deputados estaduais João Peixoto (PSDC), Geraldo Pudim (PMDB) e Gil Vianna (PSB), o presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes (Rede), e de São João da Barra, Aluízio Siqueira, além de vereadores e outras autoridades.
Temer destacou a parceria da União com o Estado do Rio pelo desenvolvimento. “Esta região, com a Zona de Processamento de Exportação, vai ganhar grande desenvolvimento. E é isso que temos feito não só pelo Rio de Janeiro, mas por todos os estados”.
O ministro Moreira Franco disse que já estão sendo feitas negociações com a empresa Vale do Rio Doce, visando à construção de uma ferrovia que ligará o porto ao Rio de Janeiro e Vitória (ES). “O objetivo é esse. Depois de muitas conversas com a Vale, creio que no próximo ano estaremos com esse problema resolvido. Para nós, ferrovia é irmã siamesa de porto”, ressaltou.
Moreira Franco lembrou que a região da ZPE é “uma das regiões mais ricas do Rio e, talvez, do país, mas que, com o tempo, foi perdendo vitalidade”. “Esse empreendimento encontra ambiente cultural e social muito apropriado e alinhado com o que estamos vendo hoje aqui. Sem dúvida, este será um dos maiores portos do Brasil”, acrescentou, destacando a criação de empregos que deverá ser gerada com as indústrias que vão se instalar na região.
O governador Luiz Fernando Pezão falou do legado ao Estado do Rio e de como haverá geração de empregos para a região.
Presidente da Prumo Logística, José Magela ressaltou que o evento estava fechando com chave de ouro 2017, celebrando o “Brasil que dá certo”. Segundo ele, o porto está pronto para operar todos os tipos de cargas existentes. “Este será o maior polo logístico industrial do Brasil e um dos maiores do mundo. E essa ZPE dá as condições de seguranças jurídica e fiscal para que tenhamos competitividade por meio desse polo”, afirmou.
A prefeita Carla Machado disse que a ZPE vai alavancar e muito a presença de empresas na região, gerando emprego e renda. Ela destacou que, em pouco mais de um ano, o empreendimento se tornou o quarto maior porto do país. “Agora, a ZPE vai alavancar a entrada de indústria, gerando mais emprego para nossa gente”, disse ela.
Sobre a ZPE
A ZPE é uma área destinada à produção de bens para exportação, onde não há cobrança de tributos federais. A previsão é de início de operação em 24 meses.
Em uma área de dois quilômetros quadrados, a ZPE está a 10 quilômetros do Terminal Multicargas (T-Mult) do Porto do Açu, e contará com infraestrutura viária terrestre para o transporte de diferentes tipos e tamanhos de cargas.
Sobre a reforma da Previdência
O presidente falou que a reforma deverá ser aprovada em fevereiro, após a volta do recesso parlamentar. Ele afirmou que, se ela não acontecer agora, terá que ser muito mais ampla e todos os futuros candidatos ao governo e ao Congresso terão que tocar no assunto, porque serão cobrados sobre ela. Disse, ainda, que a reforma não atingirá as camadas mais pobres da população, aconselhando aos que ganham acima de R$ 5.531,31 — teto da Previdência — a fazerem uma Previdência Privada para complementar.

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    Suzy Monteiro

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