Saúde e acusações na Câmara de Campos
Suzy Monteiro 18/10/2017 23:06 - Atualizado em 20/10/2017 18:01
A troca de farpas entre as bancadas de oposição e situação e a crise na Saúde, mais uma vez, dominaram a sessão da Câmara desta quarta. Os vereadores Abdu Neme (PR) e Enock Amaral (PHS) apresentaram Indicação Legislativa, que dispõe sobre a autorização de criação do Distrito Sanitário em Campos. O anteprojeto foi aprovado por unanimidade, mas não sem antes provocar muita discussão. O assunto acabou rendendo acusações sobre a eleição passada, após o vice-presidente da Casa, José Carlos (PSDC) afirmar que ganhou “na moral”. Em seguida, o vereador de oposição Thiago Virgílio (PTC) disse não saber o que significava na “moral” e voltou a levantar suspeitas sobre como os colegas ganharam o pleito, ano passado. Jorginho Virgílio (PRP) sugeriu que a Procuradoria do Legislativo entre na Justiça para que Thiago Virgílio explique e apresente provas a respeito das denúncias que faz. O debate sobre a Saúde aconteceu um dia após os médicos de Campos decretarem estado de greve, apontando problemas. 
Um dos autores da Indicação Legislativa, Abdu Neme destacou a importância dos Distritos.
- Essa Lei é fundamental para que a gente possa ter um ordenamento melhor da saúde do município. Precisamos dividir o município em distritos sanitários, onde cada um terá uma unidade de saúde de referência para internação temporária, exames complexos - explicou o vereador, afirmando que não aceitaria ser secretário de Saúde e que entende as dificuldades da secretária Fabiana Catalani em administrar os problemas com verba reduzida.
O projeto levantou os debates em torno da crise na Saúde. Thiago Virgílio disse a competência do governo na Saúde é zero e que a secretária não conhece Campos: “Temos no município uma secretária que se soltar no Parque Lebret não sabe voltar para casa. Não conhece nossa cidade e é por isso que a nossa população sofrendo”, disse, acrescentando que, a partir da próxima semana, a bancada de oposição estará na frente dos hospitais recolhendo assinaturas para tentar instalar uma CPI da Saúde.
Ao defender o governo, José Carlos afirmou que tem o direito de falar porque ganhou a eleição “na moral” e disse que muitos vereadores eram “gatinhos” no governo passado. Miguelito (PSL) disse que tinha postura independente. A declaração de Zé Carlos também gerou reação de Thiago Virgílio, que voltou a acusar colegas de terem utilizado “esquemas” para ganhar a eleição. Jorginho pediu que o caso seja levado à Justiça. Silvinho Martins (PRP) lembrou que a função do vereador é fiscalizar.
Outro momento de tensão ocorreu quando Jorginho comparou médicos que não cumprem horário a políticos “bandidos”, levando a um protesto de Abdu Neme.

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