Funcionários da Uenf e Faetec em mais uma manifestação
Paula Vigneron 13/07/2017 13:12 - Atualizado em 14/07/2017 13:16
Uenf e Faetec em protesto
Uenf e Faetec em protesto / Paulo Pinheiro
Mais um ato dos funcionários da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e da rede Faetec foi realizado em Campos. A manifestação aconteceu na Avenida Pelinca, em frente ao Banco do Brasil, na manhã desta quinta-feira (13). Os servidores, que continuam com quatro salários atrasados (maio, junho, julho e o 13º), portavam faixas para conscientizar a população sobre a real situação das instituições de ensino. A Uenf e a Faetec estão funcionando, há dois anos e um ano, respectivamente, sem verbas do governo do Estado do Rio de Janeiro.
No ato, os trabalhadores apitavam e explicavam aos campistas o descaso com as duas instituições. Economista e servidor da Uenf há 10 anos, José Alves afirmou que o grupo estava ali por “representar o legado deixado pela Copa do Mundo, em 2014, e pelas Olimpíadas do Rio, em 2016":
— Simbolicamente, representamos o legado. Enquanto a gente assiste a vários escândalos no Estado do Rio de Janeiro por desvio de verba pública, o servidor está sem dinheiro, sem o seu salário; a população está sem saúde, educação e ciência e tecnologia. É lamentável a gente ter que vir à rua para denunciar esse legado que foi deixado. Sérgio Cabral (o ex-governador) disse que o Rio ia se transformar em uma Suíça da América do Sul. É pura mentira – falou Alves.
  • Uenf e Faetec em protesto

    Uenf e Faetec em protesto

  • Uenf e Faetec em protesto

    Uenf e Faetec em protesto

  • Uenf e Faetec em protesto

    Uenf e Faetec em protesto

O economista relatou que a intenção é destacar “a calamidade pública, o estado de descaso” do governo Luiz Fernando Pezão em relação à Uenf, João Barcellos Martins, Isepam e Colégio Agrícola, os três últimos pertencentes à rede Faetec. “E quem sai prejudicado com isso é a sociedade, aqueles que não possuem condição econômica e financeira de pagar escola na iniciativa privada. Existe, por trás deste governo, um discurso cujo objetivo é o desmonte das universidades e escolas públicas”, afirmou.
A Secretaria estadual de Fazenda informou que “o mês de maio segue sem previsão e o mês de junho vence no décimo dia útil, 14 de julho. Já o mês de referência julho só vence em agosto. Não há previsão de pagamento do décimo terceiro. Aposentados e pensionistas que ganham até R$ 3.200 brutos receberam o décimo terceiro em março. Os repasses estão sendo efetuados de acordo com a disponibilidade de recursos em caixa”.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS