Após troca-troca na CCJ, aliados de Temer conseguem vitória
13/07/2017 17:42 - Atualizado em 13/07/2017 19:02
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quinta-feira (13) o relatório elaborado pelo deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva, conforme sustenta o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Foram 25 votos a favor do relatório e 40 contrários. A análise final sobre o prosseguimento da denúncia cabe ao plenário da Câmara. Um novo relatório, elaborado por um aliado do Planalto, foi votado nesta quinta e recebeu 41 votos a favor, ante 24 contra.
Coube a Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) apresentar o relatório pelo arquivamento da denúncia, já votado e aprovado. A bancada tucana é uma das mais divididas com relação ao apoio ou não a Temer. Na CCJ, por exemplo, cinco votaram contra o Planalto e somente dois a favor.
A rejeição do relatório de Zveiter foi cercado de polêmicas, já que houve um troca-troca na CCJ, com a saída de parlamentares contra que se posicionavam contra o governo, sendo substituídos por outros aliados. Isso ocorreu porque as cadeiras na CCJ são dos partidos, não dos parlamentares. opositores do Planalto afirmam que as mudanças foram imorais, regadas a liberação de emendas parlamentares e outros benefícios no Planalto.
A expectativa é que a votação no plenário da Câmara ocorra no início da próxima semana ou fique para agosto, após o recesso parlamentar. Para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa decidir se Temer será réu ou não (e consequentemente afastado por 180 dias), é necessário o voto de 2/3 dos parlamentares — 342 votos.
Atualizado às 19h02 — Inclusão da aprovação do relatório pela rejeição da denúncia.

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    Arnaldo Neto

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