Governo do Rio transfere sete líderes do CV para presídios federais e secretário do Ministério da Justiça critica divulgação
Hevertton Luna 12/11/2025 13:44 - Atualizado em 12/11/2025 13:47
Transferência de presos de Bangu para presídio federal nesta quarta-feira
Transferência de presos de Bangu para presídio federal nesta quarta-feira / Rogério Santana
O Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou, nesta quarta-feira (12), a transferência de sete lideranças do Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima, após decisão da Vara de Execuções Penais (VEP). O secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, criticou a divulgação pelo governo estadual.
Os faccionados estavam na Penitenciária Laércio da Costa Peregrino (Bangu 1), unidade de segurança máxima, até o Aeroporto Internacional do Galeão, de onde seguiram em aeronave da Polícia Federal com destino aos presídios federais.
A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, explicou que a operação faz parte das medidas da Operação Contenção:
“A ação é conduzida de forma técnica e integrada pela Secretaria de Administração Penitenciária, garantindo o equilíbrio do sistema prisional e a segurança da população fluminense. Essa integração das forças de segurança é fundamental para preservar a estabilidade do sistema e reforçar a presença do Estado”, destacou a secretária.
De acordo com o governo do Rio, os presos transferidos integram a cúpula da facção, e a mudança de presídio faz parte de uma estratégia para enfraquecer a comunicação entre líderes e demais integrantes do grupo criminoso. Os sete presos transferidos juntos somam 428 anos, 6 meses e 21 dias de condenação.
Crítica à divulgação das transferências
À TV Globo, André Garcia disse que operações como essa só podem ser divulgadas ao fim do processo de transferência, para evitar tentativas de resgate e risco à integridade física de policiais.
"No Rio de Janeiro, a polícia estadual faz a escolta. Aí, eles encaminham o preso para a Polícia Penal Federal, que aguarda no aeroporto. A partir daí a responsabilidade é da Polícia Penal Federal. Portanto, isso é um procedimento de protocolo de segurança mínimo. Só se divulga esse tipo de operação ao fim do processo. Todos os estados sabem", frisou o secretário.

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