George Gomes Coutinho e Igor Franco: De setembro de 2025 a outubro de 2026
O cientista político e professor da UFF Campos, George Gomes Coutinho, e o especialista em finanças e professor do Uniflu, Igor Franco, foram os entrevistados desta sexta-feira (26) do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Eles analisaram os protestos do último dia 21 contra a PEC da Blindagem, o momento do governo Lula 3 e o recente aceno do presidente americano Donald Trump. Por fim, projetaram as eleições de 2026 a presidente, deputado e governador, em que campistas buscam protagonismo.
Eleição a deputado
George Gomes – “De forma mais ampla, dadas as mudanças do papel do Legislativo adquiridas nos últimos anos, inclusive, sendo também que para a gente que trabalha com as teorias da política, é algo no mínimo estranho, mas que os Legislativos agora se apresentam também como policy makers, ou seja, os atores individuais legislativos também têm atuado como aqueles que intervêm em políticas públicas.”
Igor Franco – “Essa eleição está muito dada pela força de um candidato hoje que todo mundo entende praticamente eleito que foi o Eduardo Paes. Então esse arco de aliança eu acho que ele vai vir tombando lá de cima da capital pra cá, no sentido de que esses movimentos de saída de busca por uma eleição pra deputado estadual. Porque dependendo do porte do município, às vezes faz mais sentido o prefeito se cacifar a um cargo menor pra permanecer em evidência. Caso ele não possa tentar se reeleger na eleição que vem, do que eventualmente tentar um passo muito ambicioso e ficar algum tempo fora dos holofotes. Esse é um cálculo muito cruel para os políticos do interior. Essa decisão, quando já está no segundo mandato, do que ele faz nesse período de dois anos em que ele poderia ficar sem nenhum tipo de cargo e de poder.”
Política fluminense
George Gomes – “Aquilo que parecia ser um político jovem, com maior protagonismo, nesse ponto, por conta das decisões que se tomou em termos de alianças do Estado, mais pronunciadas inclusive, entre quadros do bolsonarismo, ao que parece ele se encontra numa posição mais periférica. Dado que as preferências e opções e apostas do bolsonarismo fluminense não passam por Wladimir Garotinho. O que a gente nota em termos de novidades, por exemplo, no caso do Rodrigo Bacellar, que inclusive vou reiterar algo que eu já apontei em outras entrevistas e análises, Rodrigo ele é um homem de legislativo. Inclusive o histórico da família Bacellar é de atuação no poder legislativo. E um histórico, no caso do Rodrigo, especialmente bem-sucedido. O que vale também dizer pra Marquinho, que foi presidente da Câmara de Campos.”
Igor Franco – “Também Wladimir acaba ficando numa posição fragilizada. Ele não tem como colocar muitas cartas na mesa para negociar o apoio ao Eduardo Paes, porque o Eduardo Paes teria condições de levar essa eleição, ainda que um palanque no interior não desse a ele tanta projeção. Acho que essa observação do George eu concordo, sendo o Wladimir mais coadjuvante nesse segundo mandato, principalmente quando a gente considera a eleição do Estado. Mas eu acho que menos pelas alianças e mais pela força do Eduardo Paes. O Eduardo Paes é quem vai dar as cartas e é ele quem vai dizer e escolher o vice dele. Me surpreendeu quando me dei conta da posição de poder do Rodrigo dentro do Estado. Eleito presidente da Alerj com unanimidade, tendo votos do PSOL e do bolsonarismo num Estado em que esses dois partidos, aliás, o bolsonarismo não é um partido, mas vamos colocar que esses dois movimentos possuem um antagonismo muito aflorado. Isso mostra a habilidade, a capacidade do Rodrigo costurar alianças que são, na minha opinião, qualidades muito diferentes de um político para a disputa de uma eleição majoritária.”
George Gomes – “De forma mais ampla, dadas as mudanças do papel do Legislativo adquiridas nos últimos anos, inclusive, sendo também que para a gente que trabalha com as teorias da política, é algo no mínimo estranho, mas que os Legislativos agora se apresentam também como policy makers, ou seja, os atores individuais legislativos também têm atuado como aqueles que intervêm em políticas públicas.”
Igor Franco – “Essa eleição está muito dada pela força de um candidato hoje que todo mundo entende praticamente eleito que foi o Eduardo Paes. Então esse arco de aliança eu acho que ele vai vir tombando lá de cima da capital pra cá, no sentido de que esses movimentos de saída de busca por uma eleição pra deputado estadual. Porque dependendo do porte do município, às vezes faz mais sentido o prefeito se cacifar a um cargo menor pra permanecer em evidência. Caso ele não possa tentar se reeleger na eleição que vem, do que eventualmente tentar um passo muito ambicioso e ficar algum tempo fora dos holofotes. Esse é um cálculo muito cruel para os políticos do interior. Essa decisão, quando já está no segundo mandato, do que ele faz nesse período de dois anos em que ele poderia ficar sem nenhum tipo de cargo e de poder.”
Política fluminense
George Gomes – “Aquilo que parecia ser um político jovem, com maior protagonismo, nesse ponto, por conta das decisões que se tomou em termos de alianças do Estado, mais pronunciadas inclusive, entre quadros do bolsonarismo, ao que parece ele se encontra numa posição mais periférica. Dado que as preferências e opções e apostas do bolsonarismo fluminense não passam por Wladimir Garotinho. O que a gente nota em termos de novidades, por exemplo, no caso do Rodrigo Bacellar, que inclusive vou reiterar algo que eu já apontei em outras entrevistas e análises, Rodrigo ele é um homem de legislativo. Inclusive o histórico da família Bacellar é de atuação no poder legislativo. E um histórico, no caso do Rodrigo, especialmente bem-sucedido. O que vale também dizer pra Marquinho, que foi presidente da Câmara de Campos.”
Igor Franco – “Também Wladimir acaba ficando numa posição fragilizada. Ele não tem como colocar muitas cartas na mesa para negociar o apoio ao Eduardo Paes, porque o Eduardo Paes teria condições de levar essa eleição, ainda que um palanque no interior não desse a ele tanta projeção. Acho que essa observação do George eu concordo, sendo o Wladimir mais coadjuvante nesse segundo mandato, principalmente quando a gente considera a eleição do Estado. Mas eu acho que menos pelas alianças e mais pela força do Eduardo Paes. O Eduardo Paes é quem vai dar as cartas e é ele quem vai dizer e escolher o vice dele. Me surpreendeu quando me dei conta da posição de poder do Rodrigo dentro do Estado. Eleito presidente da Alerj com unanimidade, tendo votos do PSOL e do bolsonarismo num Estado em que esses dois partidos, aliás, o bolsonarismo não é um partido, mas vamos colocar que esses dois movimentos possuem um antagonismo muito aflorado. Isso mostra a habilidade, a capacidade do Rodrigo costurar alianças que são, na minha opinião, qualidades muito diferentes de um político para a disputa de uma eleição majoritária.”
Protestos
George Gomes – “Foi um evento relativamente improvisado. Em termos comparativos, você nota que a organização dos eventos feitos pela direita radical brasileira, elas normalmente têm uma antecedência. Você vê que há convocatórios às vezes de semanas que antecedem a ocorrência daquele evento, como foi o último 21 de setembro. Neste caso em particular, espantosamente ou não, foi uma resposta à conjuntura. Esses eventos começaram a ser pensados mais ou menos em três, quatro dias antes do dia 21.”
Igor Franco – “Isso quebra um pouco esse paradigma recente de perda do domínio das ruas por movimentos de direita. E a gente que acompanhou a política, acompanha há muito tempo, sabe que essa até há algum tempo era realmente uma área em que a esquerda dominava. Até eu acho por questões ligadas aos próprios movimentos de esquerda serem mais mobilizados, questões ideológicas, essa ida às ruas sempre fez parte do kit, do que seria ser uma pessoa de convicções à esquerda, na minha opinião.”
Soberania
George Gomes – “Dentre os elementos da disputa da opinião pública e por corações e mentes, sim, mais uma polarização. Mas no caso, entre grupos que estão se considerando aviltados por essa proximidade subserviente, com uma grande potência ocidental, que é os Estados Unidos. E grupos que consideram que soberania é um valor inafiançável e que deve ser defendido com ferro e fogo entre nós nesse momento no país.”
Igor Franco – “Bolsonaro conseguiu, mais uma vez, entregar uma pauta que une a esquerda, tradicionalmente já uniria, que seria uma pauta anti-americana. Mas que tem repercussão também no bloco de centro, que acabou sendo fiel da balança para 2022. Então, acho que a grande novidade dessas passeatas recentes foi essa unificação do discurso. Durante muito tempo a esquerda se perdia um pouco em saber exatamente como ela colocaria uma nova narrativa.”
Trump e Lula
George Gomes – “A questão especial do Trump e do Lula, acho que deve ser explicada por um conjunto de fatores também. Dentre eles, há o problema no caso doméstico, na ótica, pegando os Estados Unidos, as consequências inflacionárias do tarifaço. A gente deve lembrar que, inclusive, entre outros fatores, uma das razões da derrota de Joe Biden a sua reeleição, competindo com Trump nas últimas eleições norte-americanas, também foi a inflação e parece que esse eleitor norte-americano é muito sensível ao aumento de custo de vida, o que é natural.”
Igor Franco – “Acho que um pouco disso é imprevisibilidade do Trump. E grande parte disso, acho que a gente olhando para o cenário desse afago, que foi na Assembleia da ONU, tem a ver com questões geopolíticas. Acho que o Brasil é um player muito importante no cenário geopolítico, por conta do seu peso, obviamente, de produção, de pauta de exportadoras. Mas pela posição tradicionalmente neutra e a partir dessa decisão absolutamente incompreensível do ponto de vista econômico, dessa imposição de tarifas ao Brasil, o Trump praticamente empurra o Brasil em direção à China. Porque obviamente a gente não vai deixar de vender produtos e esses produtos deixarão de ser comercializados, a gente vai simplesmente redirecionar esse fluxo comercial e isso significaria estreitar laços ainda mais com a China. Acho que do ponto de vista geopolítico isso pode ser perigoso e até contrário aos interesses americanos, então acho que foi uma forma do Trump tentar aliviar um pouco esse clima.”
Eleição presidencial
George Gomes – “Esse é um dos pontos que me preocupam para 2026, dessa aproximação de Lula e Trump, que é o reconhecimento dos resultados das eleições de 2026. Há uma preocupação em parte de diferentes analistas que, por exemplo, vocês devem se recordar que, assim que promulgado o resultado de 2022, diferentes lideranças mundiais se apressaram a reconhecer o resultado, inclusive da vitória de Lula em 2022. Há um temor, por exemplo, de uma liderança, sim, do porte de Donald Trump não reconhecer resultados das eleições de 2026. Parece que há um refluxo da direita radical, da popularidade dessa direita radical nesse momento. Mas que ainda é cedo para dizer se há um aumento da popularidade da centro-esquerda. Em anexo a isso, eu acho que a gente tem que pensar que tem sido uma característica das últimas eleições o aumento do absenteísmo. Alguns inclusive colocam que o Brasil, embora não tenha o voto facultativo formal, na prática nós estamos vivendo contextos eleitorais em que o voto tem sido, na prática, o voto pelo eleitor comum como uma opção e não como um dever propriamente.Dentre intenções de voto, é importante depois nós vermos a vera, digamos assim, quem vai depositar o voto na urna. Isso aumenta o grau, inclusive, de imprevisibilidade das previsões feitas pelas pesquisas nesse momento. Mas por enquanto, neste momento, sempre visualizando setembro de 2025, sim. O Lula está em um bom momento. Mas, como eu falei, há tantas contingências na conjuntura, cabe a gente acompanhar para ver como é que o Lula chega em outubro de 2026.”
Igor Franco – No Brasil, as coisas que acontecem são muito relevantes para o destino do país. Mas eu concordo com o George que nesse momento, nessa leitura de setembro de 2025, o Lula parece ter novamente adquirido o favoritismo e talvez com a maior vantagem desde o início do mandato. Por um enfraquecimento da figura do Bolsonaro e de qualquer pessoa imediatamente ligada a ele. A rejeição de Bolsonaro está batendo recorde agora. A Quaest, se não me engano, deu 64% de rejeição pra ele. É um número proibitivo e ele contamina o candidato que ele apoia com grande parte dessa rejeição. Então acho que isso traz um favoritismo muito grande pro Lula. E se o Tarcísio sair da disputa, eu acho que esse favoritismo se amplia. O Ratinho é um político muito carismático, mas de pouca projeção nacional. Isso é bom no sentido de que ele tem menos rejeição, mas também teria uma dificuldade de conseguir se projetar de uma maneira tão relevante assim quanto naturalmente já é um governador de São Paulo. Essa eleição que vem ela vai ser uma eleição dividida novamente, vai ter mais características de 2022 do que teve de 2018. Vai parecer mais com 2022 e 2014 do que foi 2018. Acho que vai ser uma eleição apertada de qualquer forma, ainda que o favorentismo ele penda para o Lula nesse momento. Essa eleição que vem ela vai ser uma eleição dividida novamente, vai ter mais características de 2022 do que teve de 2018. Vai parecer mais com 2022 e 2014 do que foi 2018. Acho que vai ser uma eleição apertada de qualquer forma, ainda que o favorentismo ele penda pro Lula nesse momento.”
George Gomes – “Foi um evento relativamente improvisado. Em termos comparativos, você nota que a organização dos eventos feitos pela direita radical brasileira, elas normalmente têm uma antecedência. Você vê que há convocatórios às vezes de semanas que antecedem a ocorrência daquele evento, como foi o último 21 de setembro. Neste caso em particular, espantosamente ou não, foi uma resposta à conjuntura. Esses eventos começaram a ser pensados mais ou menos em três, quatro dias antes do dia 21.”
Igor Franco – “Isso quebra um pouco esse paradigma recente de perda do domínio das ruas por movimentos de direita. E a gente que acompanhou a política, acompanha há muito tempo, sabe que essa até há algum tempo era realmente uma área em que a esquerda dominava. Até eu acho por questões ligadas aos próprios movimentos de esquerda serem mais mobilizados, questões ideológicas, essa ida às ruas sempre fez parte do kit, do que seria ser uma pessoa de convicções à esquerda, na minha opinião.”
Soberania
George Gomes – “Dentre os elementos da disputa da opinião pública e por corações e mentes, sim, mais uma polarização. Mas no caso, entre grupos que estão se considerando aviltados por essa proximidade subserviente, com uma grande potência ocidental, que é os Estados Unidos. E grupos que consideram que soberania é um valor inafiançável e que deve ser defendido com ferro e fogo entre nós nesse momento no país.”
Igor Franco – “Bolsonaro conseguiu, mais uma vez, entregar uma pauta que une a esquerda, tradicionalmente já uniria, que seria uma pauta anti-americana. Mas que tem repercussão também no bloco de centro, que acabou sendo fiel da balança para 2022. Então, acho que a grande novidade dessas passeatas recentes foi essa unificação do discurso. Durante muito tempo a esquerda se perdia um pouco em saber exatamente como ela colocaria uma nova narrativa.”
Trump e Lula
George Gomes – “A questão especial do Trump e do Lula, acho que deve ser explicada por um conjunto de fatores também. Dentre eles, há o problema no caso doméstico, na ótica, pegando os Estados Unidos, as consequências inflacionárias do tarifaço. A gente deve lembrar que, inclusive, entre outros fatores, uma das razões da derrota de Joe Biden a sua reeleição, competindo com Trump nas últimas eleições norte-americanas, também foi a inflação e parece que esse eleitor norte-americano é muito sensível ao aumento de custo de vida, o que é natural.”
Igor Franco – “Acho que um pouco disso é imprevisibilidade do Trump. E grande parte disso, acho que a gente olhando para o cenário desse afago, que foi na Assembleia da ONU, tem a ver com questões geopolíticas. Acho que o Brasil é um player muito importante no cenário geopolítico, por conta do seu peso, obviamente, de produção, de pauta de exportadoras. Mas pela posição tradicionalmente neutra e a partir dessa decisão absolutamente incompreensível do ponto de vista econômico, dessa imposição de tarifas ao Brasil, o Trump praticamente empurra o Brasil em direção à China. Porque obviamente a gente não vai deixar de vender produtos e esses produtos deixarão de ser comercializados, a gente vai simplesmente redirecionar esse fluxo comercial e isso significaria estreitar laços ainda mais com a China. Acho que do ponto de vista geopolítico isso pode ser perigoso e até contrário aos interesses americanos, então acho que foi uma forma do Trump tentar aliviar um pouco esse clima.”
Eleição presidencial
George Gomes – “Esse é um dos pontos que me preocupam para 2026, dessa aproximação de Lula e Trump, que é o reconhecimento dos resultados das eleições de 2026. Há uma preocupação em parte de diferentes analistas que, por exemplo, vocês devem se recordar que, assim que promulgado o resultado de 2022, diferentes lideranças mundiais se apressaram a reconhecer o resultado, inclusive da vitória de Lula em 2022. Há um temor, por exemplo, de uma liderança, sim, do porte de Donald Trump não reconhecer resultados das eleições de 2026. Parece que há um refluxo da direita radical, da popularidade dessa direita radical nesse momento. Mas que ainda é cedo para dizer se há um aumento da popularidade da centro-esquerda. Em anexo a isso, eu acho que a gente tem que pensar que tem sido uma característica das últimas eleições o aumento do absenteísmo. Alguns inclusive colocam que o Brasil, embora não tenha o voto facultativo formal, na prática nós estamos vivendo contextos eleitorais em que o voto tem sido, na prática, o voto pelo eleitor comum como uma opção e não como um dever propriamente.Dentre intenções de voto, é importante depois nós vermos a vera, digamos assim, quem vai depositar o voto na urna. Isso aumenta o grau, inclusive, de imprevisibilidade das previsões feitas pelas pesquisas nesse momento. Mas por enquanto, neste momento, sempre visualizando setembro de 2025, sim. O Lula está em um bom momento. Mas, como eu falei, há tantas contingências na conjuntura, cabe a gente acompanhar para ver como é que o Lula chega em outubro de 2026.”
Igor Franco – No Brasil, as coisas que acontecem são muito relevantes para o destino do país. Mas eu concordo com o George que nesse momento, nessa leitura de setembro de 2025, o Lula parece ter novamente adquirido o favoritismo e talvez com a maior vantagem desde o início do mandato. Por um enfraquecimento da figura do Bolsonaro e de qualquer pessoa imediatamente ligada a ele. A rejeição de Bolsonaro está batendo recorde agora. A Quaest, se não me engano, deu 64% de rejeição pra ele. É um número proibitivo e ele contamina o candidato que ele apoia com grande parte dessa rejeição. Então acho que isso traz um favoritismo muito grande pro Lula. E se o Tarcísio sair da disputa, eu acho que esse favoritismo se amplia. O Ratinho é um político muito carismático, mas de pouca projeção nacional. Isso é bom no sentido de que ele tem menos rejeição, mas também teria uma dificuldade de conseguir se projetar de uma maneira tão relevante assim quanto naturalmente já é um governador de São Paulo. Essa eleição que vem ela vai ser uma eleição dividida novamente, vai ter mais características de 2022 do que teve de 2018. Vai parecer mais com 2022 e 2014 do que foi 2018. Acho que vai ser uma eleição apertada de qualquer forma, ainda que o favorentismo ele penda para o Lula nesse momento. Essa eleição que vem ela vai ser uma eleição dividida novamente, vai ter mais características de 2022 do que teve de 2018. Vai parecer mais com 2022 e 2014 do que foi 2018. Acho que vai ser uma eleição apertada de qualquer forma, ainda que o favorentismo ele penda pro Lula nesse momento.”
%MCEPASTEBIN%