STF coloca Mauro Cid e Braga Netto frente a frente para acareação
Hevertton Luna - Atualizado em 24/06/2025 15:14
Mauro Cid e Braga Netto durante os interrogatórios no STF
Mauro Cid e Braga Netto durante os interrogatórios no STF / Ton Molina/STF; Reprodução
O minitro Alexandre de Moraes conduziu a acareação entre general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na manhã dessa terça-feira (24), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dois são réus na ação que apura a participação do chamado "núcleo crucial" da organização criminosa acusada de tramar um golpe de Estado no país. Cid tem um acordo de colaboração premiada fechado com a Polícia Federal.

Moraes preside a sessão porque é relator do processo no Supremo. Além dele, o ministro Luiz Fux também acompanha as audiências. Não haverá transmissão.

O procedimento durou cerca de 1h50, segundo advogados que acompanharam a audiência. Em seguida, começou a acareação entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

O primeiro faz parte do "núcleo crucial" apontado pela Procuradoria-Geral da República; o segundo é testemunha no processo.

Prevista na legislação penal, a acareação é um procedimento em que pessoas cujos depoimentos apresentam contradições são colocadas frente a frente para esclarecer os fatos. Pode ser realizada entre acusados, entre testemunhas ou entre acusados e testemunhas.
Durante a audiência, os envolvidos respondem a perguntas e têm a chance de esclarecer os pontos controversos. A sessão é registrada por escrito.

Braga Netto, que está preso em uma unidade militar no Rio de Janeiro, teve de vir pessoalmente participar da audiência. Para isso, ele colocou uma tornozeleira eletrônica e viajou do Rio até Brasília.

Logo após a acareação, Braga Netto terá de voltar para a prisão na capital fluminense. Ele não poderá se comunicar com outras pessoas, à exceção do advogado, durante esse deslocamento.
Fonte: G1

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