Dom Fernando Rifan tem audiência com Papa Leão XIV no Vaticano
O Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney de Campos, Dom Fernando Rifan, teve uma audiência com o Papa Leão XIV no último sábado (15), na Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano. O encontro durou 30 minutos e, nele, foi apresentada a história da circunscrição eclesiástica, assim como a necessidade de continuação da Administração Apostólica.
“Expliquei a ele a origem e a razão pela qual foi criada (a Administração Apostólica) pelo Papa São João Paulo II em 2002. Contei nossa história e lhe dei os documentos nossos e da Santa Sé a respeito. Dei a ele também alguns livros meus, artigos e esclarecimentos. Falei sobre o nosso itinerário teológico e espiritual, sobre como saímos do estado de separação da Igreja e de como chegamos à compreensão da necessidade da comunhão, na qual agora, graças a Deus e à Igreja, nos encontramos. Exprimi-lhe a nossa comunhão e firme adesão a Cátedra de Pedro, na pessoa dele. Ele me fez várias perguntas sobre a nossa posição, que respondi corretamente, deixando-o bem satisfeito. Ele percebeu que somos bem diferentes de outros grupos radicais e cismáticos. Mostrei a ele como estamos em comunhão com o nosso Bispo diocesano e com os outros Bispos católicos”, relatou Dom Fernando.
Rifan comenta ainda que recordou com o Papa a frase de Santo Agostinho: “Fora da Igreja pode se ter muita coisa boa; pode se cantar Aleluia, Amém, fazer o sinal da cruz e etc… Mas, fora da Igreja, não há salvação".
Dom Fernando explicou ao Papa como funciona o Seminário e a triagem de vocações da Administração Apostólica. Além disso, ele contou que atendem também 11 outras dioceses com a permissão ou pedido dos Bispos locais. Outros assuntos abordados no encontro foram a necessidade de continuação da circunscrição eclesiástica e sua carta de renúncia.
“Falei-lhe, assim e, portanto, da necessidade de continuar com a nossa Administração Apostólica pelo bem da Igreja. Disse-lhe que já havia apresentado minha carta de renúncia, pelos meus 75 anos, e a necessidade da continuação de termos um bispo. Claro que a resposta dele virá através dos canais competentes, após as consultas de praxe. Sobre a minha renúncia, não me julgo necessário nem insubstituível, o que ninguém é, como sempre ensinei. Claro que não pedi nada, além da benção dele. Faço minha a oração de São Martinho: ‘Senhor, se ainda sou necessário ao vosso povo, não recuso o trabalho.’ Mas esses trâmites demoram um pouco. O Papa não dá resposta imediata. Faz muitas consultas primeiro. Repeti a ele a frase dele, quando cardeal, durante o Conclave: ‘Estamos nas mãos do Espírito Santo e da Igreja”, contou.
Rifan destaca a satisfação da audiência com o Papa: “Fiquei muito satisfeito com essa visita cordial e auspiciosa, demonstrando nossa adesão e comunhão com a Cátedra de Pedro na pessoa dele. No final, citei e recitamos juntos a oração: ‘Dominus conservet eum … et non tradat eum in manibus inimicorum eius.’
Dom Fernando finaliza dizendo: “Rezemos para que o Papa faça o que for melhor para o futuro da nossa Administração Apostólica, para o bem da Igreja e para a glória de Deus. Nossa Senhora, Mãe da Igreja, vai sempre nos proteger. Deus provê, Deus proverá! Sua misericórdia não faltará”.