Campos e Macaé estão na lista das cidades com mais registro de furto de energia na área da Enel
28/07/2025 12:46 - Atualizado em 28/07/2025 12:45
Divulgação Enel Rio
Um balanço divulgado nesta segunda-feira (28) pela Enel Distribuição Rio mostra o ranking de furto de energia entre as 66 cidades do Rio de Janeiro que fazem parte da área da concessionária. Os dados são do primeiro trimestre deste ano, onde Campos e Macaé, municípios da região Norte Fluminense, integram a lista. Já as cidades de Duque de Caxias e São Gonçalo lideram a pesquisa.
No primeiro trimestre deste ano, as localidades registraram, respectivamente, 34,35% e 31,53% de perdas não técnicas de energia, o que significa que mais de 30% de toda a energia distribuída pela empresa nessas duas cidades foi perdida, principalmente por causa das ligações irregulares.
Os municípios de Araruama (22,36%), Cabo Frio (21,47%), Angra dos Reis (18,51%), Niterói (17,95%), Campos dos Goytacazes (14,76%) e Macaé (8,22%) completam o ranking de furto de energia nos três primeiros meses do ano.

O combate a esse tipo de crime é um dos principais desafios que a Enel Rio enfrenta. Hoje, 17% das unidades consumidoras atendidas pela distribuidora estão concentradas em áreas de severa restrição operacional. Essas áreas de risco são responsáveis por 59% do total de perdas não técnicas registradas pela empresa.
Somente de janeiro a março deste ano, o volume de energia furtado apenas nas oito primeiras cidades do ranking seria suficiente para abastecer os municípios de Niterói, São Gonçalo, Campos e Macaé juntos por um ano, o que representa um universo de cerca de 870 mil clientes com um consumo médio de 240 kWh por unidade consumidora.

Até o fim de março, foram realizadas cerca de 50.700 inspeções na rede elétrica para coibir o furto na área de concessão da empresa. Em parceria com as autoridades policiais, foram lavrados 68 Relatórios de Ocorrência junto à Polícia Civil, com 42 pessoas detidas em flagrante.

O Diretor de Redes da Enel Rio, José Luis Salas, comenta sobre as medidas tomadas para combater este crime.
“Intensificamos a parceria com as autoridades de Segurança Pública no combate ao furto de energia, mas ainda há áreas em que somos impedidos de entrar. Nos últimos 20 anos, entre 2004 e 2024, registramos um crescimento de 541% de unidades consumidoras em áreas de risco, ou seja, em locais em que não podemos atuar. Nessas localidades, a empresa fica impedida de realizar manutenções preventivas, ações de combate ao furto e reparos na rede", afirma.
Furto de energia é crime
A concessionária alerta que fraudes e furtos são crimes previstos no Código Penal e a pena pode variar de um a oito anos de detenção. A distribuidora também cobra os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu a irregularidade, acrescida de multa, de quem praticou as fraudes. Cometem crime tanto as pessoas que executam fisicamente a fraude nas instalações quanto os titulares das contas de energia.

Além de crime, as fraudes e furtos comprometem a qualidade do serviço prestado, o que prejudica todos os consumidores da concessionária com maior número de interrupções e, por vezes, dificultando o retorno da energia elétrica. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia.

Quem adota a prática popularmente conhecida como “gato” põe em risco a sua vida e da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.
Com informações da Ascom

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