Acusado de matar subsíndico em Campos permanece em silêncio durante audiência
Éder Souza 10/06/2025 15:53 - Atualizado em 10/06/2025 18:35
Caso aconteceu em fevereiro de 2025
Caso aconteceu em fevereiro de 2025 / Foto: Reprodução
 

A segunda audiência de instrução e julgamento do caso do subsíndico Vinícius da Silva Azevedo, que foi assassinado pelo morador José Renato Costa de Queiroz, foi realizada na tarde desta terça-feira (10) no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. O crime ocorreu no condomínio Mais Parque Ipê, no bairro Vila da Rainha, no dia 26 de fevereiro. De acordo com o advogado de acusação, Jan Fellipe Gomes, o réu permaneceu em silêncio durante toda a audiência. 

Um policial militar não compareceu à primeira sessão, realizada no dia 15 de abril, por estar de férias, então a defesa do acusado solicitou essa nova audiência. O Policial Militar prestou depoimento por videoconferência. Um morador do condomínio também foi ouvido nesta terça-feira. Ainda segundo o advogado, não haverá mais audiências do caso, mas, sim, um eventual júri. 
Uma testemunha deve prestar depoimento por vídeo conferência
Uma testemunha deve prestar depoimento por vídeo conferência / Foto: Rodrigo Silveira
À época, o promotor de justiça Bruno Sabioni Barreto comentou sobre a continuação da audiência e os próximos passos do processo judicial.
"O Ministério Público, nesta oportunidade, diante de tudo que já fora produzido entendeu pela desnecessidade da oitiva do policial militar. A defesa insistiu na oitiva, o que motivou a redesignação da audiência para o próximo 15 de maio. É um direito da defesa a insistência em relação à testemunha", argumentou o promotor. Ele ainda comentou sobre o pedido da defesa em considerar a insanidade mental de José Renato.
José Renato Costa de Queiroz é acusado de matar o subsíndico
José Renato Costa de Queiroz é acusado de matar o subsíndico / Foto: Hevertton Luna


Na sessão de abril, que foi conduzida pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrósio Vieira, da 1ª Vara Criminal, foram ouvidos o pai do acusado, a esposa da vítima, a delegada Carla Tavares, titular da 134ª DP (Centro) e responsável pela investigação, um policial militar, um policial civil, além do porteiro e síndico do condomínio em que o caso aconteceu.

Durante a audiência, foi analisado o pedido da defesa para que o réu seja considerado inimputável por insanidade mental. Anteriormente, a Justiça já havia negado o pedido de rejeição da denúncia apresentado pela defesa.

Relembre o caso
O assassinato aconteceu na madrugada do dia 26 de fevereiro. Segundo a delegada Carla Tavares, titular da 134ª Delegacia de Polícia do Centro, o crime foi motivado por uma discussão relacionada a uma reclamação sobre vazamento de água em um dos apartamentos.

José Renato teria efetuado seis disparos contra o subsíndico e, mesmo após a vítima cair, continuou as agressões com coronhadas. Moradores do condomínio conseguiram deter o acusado até a chegada da Polícia Militar. Ele resistiu à prisão, mas foi contido e teve a arma apreendida.

A ficha criminal de José Renato inclui antecedentes por lesão corporal e ameaça em contexto de violência doméstica, importunação sexual, coação no curso do processo, disparo e posse ilegal de arma de fogo, além de tentativa de furto.



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