"Morte aos transfóbicos": prédio da UFF em Campos é pichado
Pichações podem ser vistas como vandalismo ou também como forma de expressão e protesto. No primeiro momento, o tema da oficina era “Ocupando a universidade: trazendo uma forma de arte invisibilizada para novos ambientes”. No entanto, estudantes informaram que, em algum momento, a oficina teria saído de controle e foram pichadas diversas outras coisas além do tema proposto.
O prédio do novo campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos, amanheceu pichado na sexta-feira (16). De acordo com relato de universitários, uma oficina de “pixo” teria sido marcada para a quinta-feira (15) na unidade e divulgada também nas redes sociais do Movimento por uma Universidade Popular (MUP), do município. Nas paredes, entre as referências musicais, incentivo à arte, também escreveram: “Morte aos transfóbicos”, “Fogo nos racistas” e outros, o que causou perplexidade.
Pichações podem ser vistas como vandalismo ou também como forma de expressão e protesto. No primeiro momento, o tema da oficina era “Ocupando a universidade: trazendo uma forma de arte invisibilizada para novos ambientes”. No entanto, estudantes informaram que, em algum momento, a oficina teria saído de controle e foram pichadas diversas outras coisas além do tema proposto.
O professor do Departamento de Economia da universidade, Roberto Rosendo, que também é ex-diretor do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional (ESR), informou que a pichação no prédio não foi com consentimento da universidade. "Certamente não foi com a permissão da UFF. Esperamos que a direção do ESR apure os fatos e, dentro das regras instituídas, responsabilize os que cometeram estes atos deploráveis", comentou.
A reportagem da Folha esteve no local, registrou diversas pichações na unidade e entrou em contato com a assessoria da universidade. A Folha também entrou em contato com o MUP do município para saber mais sobre a realização da oficina. Mas, até o momento, não obteve retorno.
Em nota divulgada nas redes sociais na tarde desta sexta-feira (16), a direção da UFF disse que não compactua com as pichações realizadas na noite de quinta-feira (15) e que está tomando medidas administrativas diante do ocorrido.
Veja a nota na íntegra:
"Na noite do dia 15 de maio de 2025, foi realizado, nas dependências do novo campus da UFF Campos, um evento intitulado “Oficina de Pixo”, promovido por um grupo de estudantes sem o conhecimento ou a autorização da Direção da Unidade. Durante o referido encontro, parte dos participantes realizou pichações em diversas áreas do campus, causando perplexidade e indignação em nossa comunidade.
A Direção da Unidade esclarece que não compactua com tais práticas e reforça que o espaço público universitário é fruto de intensas lutas coletivas e do investimento da sociedade brasileira, devendo, portanto, ser cuidado e preservado por todos.
Estamos tomando as medidas administrativas cabíveis diante do ocorrido e reiteramos nosso compromisso com o diálogo, a liberdade de expressão e a convivência democrática — valores que sempre orientaram a atuação desta gestão. Contudo, tais princípios não podem ser confundidos com ações que atentem contra o patrimônio público e o bem comum".
"Na noite do dia 15 de maio de 2025, foi realizado, nas dependências do novo campus da UFF Campos, um evento intitulado “Oficina de Pixo”, promovido por um grupo de estudantes sem o conhecimento ou a autorização da Direção da Unidade. Durante o referido encontro, parte dos participantes realizou pichações em diversas áreas do campus, causando perplexidade e indignação em nossa comunidade.
A Direção da Unidade esclarece que não compactua com tais práticas e reforça que o espaço público universitário é fruto de intensas lutas coletivas e do investimento da sociedade brasileira, devendo, portanto, ser cuidado e preservado por todos.
Estamos tomando as medidas administrativas cabíveis diante do ocorrido e reiteramos nosso compromisso com o diálogo, a liberdade de expressão e a convivência democrática — valores que sempre orientaram a atuação desta gestão. Contudo, tais princípios não podem ser confundidos com ações que atentem contra o patrimônio público e o bem comum".