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Cheia do Paraíba atinge casas na Coroa (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cheia do Paraíba atinge casas na Coroa (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cheia do Paraíba atinge casas na Coroa (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cheia do Paraíba atinge casas na Coroa (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cheia do Paraíba atinge casas na Coroa (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cheia do Paraíba atinge casas na Coroa (Fotos: Rodrigo Silveira)
As águas da cheia do rio Paraíba do Sul, em Campos, já atingiram oito casas da Coroa, comunidade vizinha à ponte General Dutra. De acordo com a medição da Agência Nacional de Águas (ANA) realizada às 20h15 desta segunda-feira (10), o nível da água ultrapassou a marca dos 10m e chegou a 10,04m. A cota de transbordo é de 10,40m e uma família deixou sua casa por conta própria, segundo informaram moradores vizinhos. A Defesa Civil Municipal esteve no local no domingo (9).
Nas redes sociais, o prefeito Wladimir Garotinho disse que se reuniu com equipes das secretarias municipais de Defesa Civil e Desenvolvimento Humano e Social e que a tendência é de estabilização do rio. Coordenador regional da Defesa Civil no Norte Fluminense, major Philippe de Oliveira pregou cautela e informou que tem uma quantidade considerável de água para chegar a Campos, mas a notícia é boa porque o nível dos afluentes do Paraíba do Sul começou a diminuir nas cabeceiras de Minas Gerais.
"O rio acaba de atingir a cota de 10 metros. O transbordo é cota de 10,40 metros, mas eu queria tranquilizar a população, porque a tendência é de estabilização do rio, e depois que ele possa a vir a diminuir a sua cota, diminuir a sua altura. A gente está de prontidão. Está aqui a secretaria de Defesa Civil e também a Assistência Social, para poder atender às famílias que estiverem em áreas de risco”, afirmou Wladimir, em vídeo publicado nas redes sociais.
Oliveira explicou que os rios Muriaé e Pomba ainda estão em níveis bem elevados no Noroeste Fluminense. A Prefeitura de Itaocara também informou que a represa de Ilha dos Pombos aumentou a vazão devido às chuvas na região do Médio Paraíba. No entanto, o coordenador da Defesa Civil regional explicou que o nível dos dois rios começou a baixar em Minas Gerais. Além disso, há a expectativa para a redução da maré na foz do Paraíba do Sul, em Atafona, o que deverá colaborar para aumento da vazão para o mar.
João Mário, que mora sozinho em uma das casas onde a água chegou na comunidade de Coroa, disse que mudou definitivamente para a residência que vinha construindo há três meses. "Quando estava construindo veio uma água até o alicerce, agora entrou mesmo dentro de casa. Já subi os móveis, já tirei coisas, mas agora deixei pra lá", contou ele, explicando que agora é esperar a "água descer".
Desde às 5h desta manhã, Mário Sérgio de Oliveira, segue vigiando a chegada da água. A água do Paraíba ainda não entrou na sua casa, só no quintal. "Desde ontem (domingo) estamos monitorando. Já são oito casas com água e apenas uma família saiu. Estou há dois anos aqui e é a primeira vez que vejo enchente assim", contou ele, ressaltando que o pessoal da Defesa Civil visitou a área também no domingo.
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Cais da Lapa encoberto pelo Paraíba (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cais da Lapa encoberto pelo Paraíba (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cais da Lapa encoberto pelo Paraíba (Fotos: Rodrigo Silveira)
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Cais da Lapa encoberto pelo Paraíba (Fotos: Rodrigo Silveira)
O secretário municipal de Defesa Civil Alcemir Pascoutto e o superintendência regional do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriaram, na manhã desta segunda-feira a comporta do Vigário, no Parque Prazeres. Uma das alternativas para ajudar na drenagem das águas pluviais na área urbana do município seria o fechamento das comportas. Porém, os equipamentos estão danificados.
No último domingo (9), Pascoutto esteve na Ilha do Cunha e na Coroa, acompanhando a situação no local e orientando os moradores a não se exporem à situação de risco. “Prezamos pela vida. As famílias que permanecem nestas áreas vivenciaram enchentes algumas vezes e sabem bem o que fazer nestes casos e o momento de deixarem suas residências. A situação nestes pontos ainda está sob controle. Nossa orientação para todas as pessoas é que em qualquer sinalização de risco, busquem abrigo em locais seguros”, orientou o secretário.
O secretário de Desenvolvimento Humano, Rodrigo Carvalho, esteve na Ilha da Cunha e conversou com os moradores, ressaltando a importância da saída do local. Não há famílias desabrigadas no município.
Muriaé - O nível do rio Muriaé também está acima do normal. Na altura da localidade de Três Vendas, próximo ao limite entre os municípios de Campos e Cardoso Moreira, o rio já saiu da calha e atingiu a área de pasto do lado oposto às residências da localidade. A Defesa Civil também monitora a situação e nota que, assim como o Paraíba, sua elevação acontece de forma mais lenta que no último final de semana. A normalização do Muriaé depende também da diminuição do nível do rio Paraíba, uma vez que o Muriaé desemboca nele.
Apoio - Em caso de emergência, a população pode acionar a Defesa Civil a qualquer hora do dia ou da noite, através dos telefones 199 ou (22) 98175-2512.
Em São João Barra, Paraíba sobe cinco centímetros a cada duas horas
O rio Paraíba do Sul atingiu 6,35m às 10h desta segunda-feira, em São João da Barra. A cota de transbordo na cidade é de 8m. O nível está subindo cinco centímetros a cada duas horas e a previsão é que este ritmo permaneça nas próximas 24 horas. A medição está sendo feita a cada duas horas.
A Defesa Civil Municipal segue monitorando a situação e não há registro de desalojados ou desabrigados. Nos pontos mais críticos do dique que corta o município, de Barcelos a Atafona, os produtores rurais estão retirando o gado do pasto.
Equipes da Prefeitura atuam desde a manhã deste domingo (09) no fechamento de comportas e manilhas e trabalham no reforço da estrutura do dique em três trechos: Viana, que fica próximo a Cajueiro, São João, na área do Bairro de Fátima, e Barcelos, atrás da antiga usina de açúcar.
O município solicitou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) desde o verão de 2020, quando houve o rompimento do dique, a realização de reforma na estrutura, mas ainda não há previsão para ser executada. Enquanto a obra não acontece, a Prefeitura faz a contenção utilizando tábuas e sacos de areia.
O telefone de emergência para ocorrências é 199.