Clubes SAF vs. Associações: Qual Modelo Tem Dado Mais Retorno em Campo?
- Atualizado em 02/07/2025 20:22
Fonte: Pixabay
A transformação do futebol brasileiro nos últimos anos não se resume apenas ao que acontece nas quatro linhas. A chegada das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) alterou profundamente a gestão e a estrutura financeira dos clubes. Com modelos empresariais e foco em sustentabilidade econômica, esses clubes passaram a coexistir com as tradicionais associações sem fins lucrativos, gerando comparativos inevitáveis: qual modelo está dando mais retorno esportivo?
A questão ganhou ainda mais relevância em 2025, com vários clubes SAF mostrando desempenho expressivo no Brasileirão. Ao mesmo tempo, algumas associações tradicionais seguem firmes na disputa, apostando em administração equilibrada e maior enraizamento junto à torcida. Em um contexto de alto interesse do público por dados e desempenho, ferramentas como os Melhores sites de apostas do Brasil 2025 acabam refletindo essas tendências, apontando favoritismos e projeções com base no momento dos clubes.
Mais do que uma disputa de modelos, o que se vê é uma competição de gestões. O sucesso esportivo não está exclusivamente atrelado à estrutura jurídica, mas à competência de quem toma as decisões.
SAFs que se consolidam em alto nível
Entre os principais destaques do Brasileirão 2025 está o Botafogo, que mantém uma campanha competitiva mesmo após o desgaste causado pela participação no Mundial de Clubes. A SAF liderada por John Textor demonstrou aprendizado com os erros da temporada passada e agora apresenta um elenco mais equilibrado e um estilo de jogo mais pragmático.
Outro exemplo é o Cruzeiro. Depois de um primeiro ano de SAF oscilante, o clube mineiro encontrou estabilidade com um elenco bem montado e um técnico alinhado à visão da diretoria. Com reforços pontuais e uma base mantida, o time se mantém na parte superior da tabela e mostra regularidade.
Outros clubes SAF seguem buscando estabilidade, com alguns avanços pontuais, mas ainda em fase de consolidação. Isso reforça a ideia de que o modelo exige tempo, consistência e uma boa gestão para entregar resultados efetivos.
Associações tradicionais que seguem competitivas
Apesar da ascensão das SAFs, clubes tradicionais como Flamengo, Palmeiras e São Paulo seguem demonstrando força esportiva. O Flamengo, por exemplo, venceu o Chelsea no Mundial e voltou ao Brasileirão com moral, mantendo uma campanha estável. A gestão do clube, mesmo sendo uma associação, mostra alto nível de profissionalismo.
O Palmeiras, outro modelo de sucesso entre as associações, está nas quartas de final do Mundial e segue forte no campeonato nacional. O clube alia categoria de base forte, boa administração financeira e planejamento de longo prazo, o que tem rendido títulos e consistência.
O São Paulo também merece destaque. Mesmo sem a mesma potência financeira dos rivais, conseguiu se manter entre os oito primeiros do Brasileirão com um elenco bem encaixado. A diretoria apostou em continuidade no comando técnico e colhe os frutos de uma gestão menos turbulenta.
Modelo ou mérito da gestão?
Embora a SAF ofereça acesso mais direto a capital privado e possa profissionalizar a gestão, ela não é garantia de sucesso. O Bahia, por exemplo, mesmo após investimentos consideráveis da City Football Group, ainda não encontrou regularidade em 2025. Isso mostra que o modelo precisa de tempo, planejamento e pessoas competentes para funcionar.
Da mesma forma, nem todas as associações estão em crise. Clubes como o Athletico Paranaense, antes do rebaixamento, mostravam um exemplo de gestão autônoma e inovadora. Hoje, em reconstrução na Série B, o clube tenta manter o estilo mesmo fora da elite.
No fim das contas, os resultados em campo têm mostrado que tanto SAFs quanto associações podem ser competitivas, desde que bem administradas. A diferença está menos na sigla e mais na estratégia.
O jogo está aberto
O Brasileirão 2025 prova que o futebol brasileiro está em transição, mas ainda longe de um consenso sobre o melhor modelo de clube. O sucesso está ligado à capacidade de adaptação, ao investimento consciente e à gestão moderna. E como mostram os resultados recentes, o campo é o verdadeiro juiz das escolhas administrativas.

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