Conta de luz está mais cara para consumidores de 66 municípios do RJ
- Atualizado em 16/03/2021 19:55
A energia elétrica está mais cara para os consumidores de 66 municípios fluminenses, desde essa segunda-feira (15). No dia 9 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário anual médio de 6,02% na conta de luz dos clientes da Enel Distribuição Rio. Atualmente, a concessionária atende a cerca de 2,9 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais e públicos no estado do Rio de Janeiro.
O reajuste vai pesar no orçamento dos consumidores, que já vêm enfrentando recorrentes aumentos nos preços de diversos serviços e produtos e, ainda, sofrem com a queda de receita, principalmente durante a pandemia.
— O aumento foi muito alto e vai impactar no orçamento familiar. Está muito caro. Pagar cento e poucos reais de luz aqui na comunidade? É muito caro. A situação que já estava difícil, agora vai piorar. Não acho justo, e ainda pagamos taxa de iluminação pública — protestou o morador de Guarus José Mendes.
O reajuste para consumidores residenciais e comerciais de baixa tensão foi de 4,63%, e para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e grandes comércios, o índice aprovado foi de 10,38%.
De acordo com a Aneel, os principais fatores que influenciaram este aumento foram a alta dos custos com aquisição e o transporte de energia até a distribuidora. A Enel destaca que o aumento do custo de compra de energia da usina de Itaipu pago à Eletrobras, em função da taxa de câmbio (variação do dólar) foi de 25%, contribuindo na elevação das tarifas finais dos consumidores em 2,4%. Já os custos de transporte de energia das empresas de transmissão até a distribuidora aumentaram 57%, o que impactou a tarifa dos consumidores em 5,7%.
A Agência destacou, entretanto, que o empréstimo da Conta Covid contribuiu para amenizar o impacto do reajuste em -14,29%. Devido aos impactos causados pela pandemia de Covid-19, a Aneel criou em 2020 a Conta Covid para diluir o reajuste nas tarifas de energia para o consumidor, dar liquidez financeira às distribuidoras e garantir 100% da receita das empresas de geração e de transmissão de energia no país.
Para economizar energia e reduzir a conta de luz, algumas dicas são válidas: trocar as lâmpadas halógenas ou fluorescentes por lâmpadas de LED; escolher cores claras para pintar o teto e paredes internas, que refletem melhor a luz e diminuem a necessidade de iluminação artificial; tirar a Tv da tomada quando não estiver assistindo, já que ela consome energia mesmo desligada; não secar roupas atrás da geladeira e evitar abrir a porta do aparelho a todo instante; ao utilizar a máquina de lavar, colocar o máximo de roupas possível de uma só vez; escolher eletrodomésticos com selo Procel ou classificação A do Inmetro, que são mais econômicos.

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