"A nossa candidatura vai estar no segundo turno", afirma Bruno Calil
22/10/2020 07:51 - Atualizado em 22/10/2020 11:30
Abrindo a segunda rodada de entrevistas da Folha FM 98,3 com os candidatos a prefeito de Campos, Bruno Calil (SD) disse nesta quinta-feira (22), na primeira edição do Folha no Ar, que trabalha para ser o mais votado no primeiro turno, mas que dificilmente a eleição seria decidida sem a necessidade do segundo. Apresentado a ele o cenário atual, com muitas pesquisas informais e poucas registradas, e comentários nos bastidores de que Wladimir Garotinho (PSD) estaria cotado a receber a maior votação em 15 de novembro, Bruno Calil concordou que, no momento atual, a sua briga maior seria com Caio Vianna (PDT) pela outra vaga no segundo turno. E afirmou ainda que, caso seja eleito, não terá em sua equipe de governo o deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) e o ex-vereador Marco Bacellar (SD), duas referências em seu grupo político.
— A nossa candidatura vai estar no segundo turno. As ruas estão dizendo isso. A nossa candidatura é a que mais cresce no município. O nosso grupo político é coeso, um grupo forte. Como eu falei, Bruno Calil é apenas um nome. É o nosso grupo que está na rua, são os nossos candidatos a vereador... É a população quem vai nos colocar no segundo turno. Não vai colocar o Bruno Calil, vai colocar o grupo no segundo turno. Um grupo correto, que quer realmente trabalhar pelo nosso município — disse Bruno Calil, complementando com a concordância de que Wladimir teria uma vantagem atual em relação aos demais no primeiro turno. — Aparentemente, hoje, sim. Mas, nós vamos trabalhar para terminar o primeiro turno em primeiro — afirmou.
Sobre a influência de Rodrigo Bacellar e Marco Bacellar, Bruno Calil enfatizou ser ele o candidato, e que ambos não participariam do seu governo em caso de vitória nas urnas. “Ele (Rodrigo) vai continuar sendo deputado. Ele não vai participar do meu governo, vai continuar deputado”, disse o prefeitável, falando em seguida sobre Marco Bacellar. “É um amigo que eu tenho. Ele está sempre ao meu lado, é um cara do bem, um cara correto. Vai me ajudar muito. É um cara muito correto, muito do bem. Gosto muito dele. Mas, do meu governo ele não irá participar, não”, emendou.
Entre as propostas apresentadas durante a entrevista, o candidato do SD projetou colocar Campos entre as cinco melhores notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Estado do Rio de Janeiro.
— Ao final do meu governo, garanto que Campos vai estar entre os cinco melhores Ideb's do estado do Rio. É uma promessa ambiciosa, mas só se muda a realidade do município através da educação. Não tem outra forma de mudar — afirmou Bruno Calil. — Em educação não se gasta, se investe. Vamos renovar. Vamos a Brasília buscar recursos para isso — pontuou.
Ainda na área da educação, o prefeitável projetou levar o formato de ensino integral, em vigor atualmente no Centro Municipal de Educação Integral (Cemei), a mais da metade das escolas municipais de Campos. "De 50% a 60% das escolas. Conseguiríamos chegar a esse patamar”, garantiu Bruno Calil, planejando também uma otimização no número de unidades de ensino. “Temos escolas, hoje, com cinco alunos. E, dali a 500 metros, outra escola, com 12 alunos. Temos que fazer a integração destas escolas. A evasão é grande em Campos”, citou.
Outros setores também foram listados por Bruno Calil entre as suas prioridades. “Andando nas ruas, a gente vê que (os principais pilares são) saúde, transporte público, educação e geração de emprego. Isso é o que mais afeta na população. Vamos trabalhar pesado na geração de emprego, trazer empresas de fora para Campos, incentivar as empresas locais a aumentarem as ofertas de emprego. Montar uma secretaria do primeiro emprego, secretaria de geração de emprego. Este seria o caminho. A falta de emprego, infelizmente, em Campos, é muito grande, pelo tamanho da nossa cidade”, afirmou o candidato.
Para enfrentar a grave crise econômica vivida por Campos, Bruno Calil traçou como meta captar recursos oriundos dos governos estadual e federal.
— Sei de todas as dificuldades que eu vou encarar. Vou fazer parcerias, buscar emendas fora. A curto prazo, a gente tem que ter emendas e parcerias com o Governo do Estado e o Governo Federal. Investir na agricultura para o futuro. A curto prazo, é buscar recurso do Governo Estadual e do Governo Federal, para poder fechar a conta, até a gente sanar o problema para o futuro, a longo prazo. Este é o caminho. Não vai ser fácil, vai ser difícil, mas eu tenho certeza que vou conseguir. Na minha equipe, estou me cercando de pessoas altamente qualificadas para me ajudarem neste sentido. Tenho certeza que vamos conseguir solucionar esse problema — comentou Bruno.
A adoção do pregão eletrônico integral foi prometida como uma das medidas para reduzir os gastos públicos, assim como a parceria com as universidades locais.
— O pregão eletrônico é uma realidade, já tinha que ter sido implantado em Campos lá atrás, não tenha dúvida disso. O meu governo vai ter o pregão eletrônico integral, como Macaé tem e teria uma economia de 30%. Vamos implementar isso em Campos. E a parceria com as universidades. A Uenf é motivo de orgulho para a nossa cidade, e, infelizmente, o poder público explora pouco a Uenf. Nós vamos chamar a Uenf para perto. Não só a Uenf, como todas as universidades vão ser parceiras do meu governo. Só através delas, só se muda a realidade de uma cidade através da educação. E elas (as universidades) são motivos de orgulho para todos nós da cidade — afirmou.
Confira a entrevista: 
 
 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS