Familiares e amigos se despedem de Gustavo, Francisco e Bernardo
30/10/2020 17:32 - Atualizado em 30/10/2020 18:12
Três famílias de Campos choram a perda de entes queridos. O clínico geral Gustavo Juarez Araújo, o bancário Francisco Cordeiro, conhecido como Chico, e Bernardo Lusitano Esteves morreram nessa quinta-feira (29) em decorrência de problemas de saúde.
Gustavo e a filha Marcelle
Gustavo e a filha Marcelle / Reprodução - Facebook
A morte do médico Gustavo foi divulgada pela Fundação Benedito Pereira Nunes, mantenedora da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), onde ele se graduou. A causa da morte não foi divulgada. Ele fazia hemodiálise, estava há mais de 80 dias internado e aguardava transplante renal. Gustavo deixa quatro filhos e dois netos. O corpo do médico foi velado e sepultado nesta sexta-feira (30), no cemitério Campo da Paz.
Em nota, a Fundação Benedito Pereira Nunes lamentou a morte do clínico geral, egresso da sexta turma da FMC, de 1977. “Irmão do professor da faculdade Dr. Paulo Gustavo Araújo, (ele) era muito estimado pelos colegas de profissão e seus pacientes. A FBPN/FMC se solidarizam com a família e amigos de nosso ex-aluno”, finalizou a Fundação.
Por meio das redes sociais, a filha mais velha, Marcelle Sá noticiou a morte de Gustavo e o homenageou: “Venceu a batalha da vida, desde cedo sem pai, se formou médico trabalhando como datilógrafo, estudou música (o trompete era sua poesia), salvou muitas vidas, era admirado pelos seus próprios mestres e depois pelos seus acadêmicos, criou 4 filhos com muita destreza, trabalhou duro até adoecer...”.
Ainda na postagem, Marcelle relatou a luta do pai: “Foram 83 dias de 8 anos... porque um Guerreiro não se entrega muito rápido, convenhamos. Seu hábito é outro. Sua assinatura, sua astúcia, sua envergadura, sua raça, são diferenciadas... Tinha muita vida ali. E digo com orgulho, como sentada sozinha aos 4 anos de idade assistindo-o jogar tênis, que foi meu pai quem venceu. Porque partir não fazia parte dos planos. Nem a dor que ele achava que escondia, também sozinho. Então decidiu-se ali, durante a partida, que neste jogo, se merecedor o fosse, digno seria então encarar o maior mistério da vida de frente, com coragem, e fazer da sua luta o seu maior espetáculo, da sua história um lindo exemplo pra nós. Sou sua filha mais velha, a que mais bebeu de suas palavras, de seus olhos, de sua saudade. Era eu que te via vencer da arquibancada. Obrigada por tudo que sou!”, finalizou.
Membro da Sociedade Brasileira de Clínica Médica do Rio de Janeiro, Luiz José de Souza lamentou a morte e afirmou que Gustavo deixou “muita saudade entre os clínicos do nosso país”. “Participante ativo dos eventos científicos da Sociedade Brasileira de Clínica Média e da Regional RJ, onde foi sócio-fundador e primeiro secretário na primeira diretoria. Gustavo carregava alegria e liderança nas participações de nossos congressos . Hoje partiu para um descanso eterno. Nosso sentimento e solidariedade com toda família”, complementou.
Amigo de Gustavo, o médico Judson Vieira afirmou que todos os que conviveram com o clínico estão muito tristes e se recordou da relação do companheiro de trabalho com a música: "Músico, tocava trompete com maravilhosa perfeição e encantava a todos em seu momento de lazer. Quantos momentos de felicidades. Hoje deixa a saudade em nossos corações.
Reprodução - Facebook
Vítima de um câncer, Francisco Cordeiro morreu aos 66 anos, em casa, na companhia da família. O velório aconteceu no cemitério Campo da Paz, onde o corpo foi sepultado no início da tarde desta sexta-feira (30). Chico deixa três filhos, Leonardo, Manuela e Carlos, e a esposa, Martha Mignot.
Para o filho Leonardo, uma das principais características do pai era a integridade. “Era um homem íntegro, de família. Trabalhou por 42 anos em um banco e fez muitos amigos. Ele era conhecido por ter muitos amigos e viver rodeado por eles”, contou.
Ele se recordou, ainda, de que o pai, além de criar e cultivar os laços de amizade, gostava de aproveitar todos os momentos, tanto com a família quanto com os amigos. “Ele fazia questão de estar com todos, sempre comendo uma comida boa, bebendo um bom vinho, ouvindo boa música, viajando pelo mundo. Ele era muito querido por todos”, reforçou.
O campista Bernardo Lusitano Esteves morreu na Bahia, aos 47 anos, vítima de um infarto. Ele deixa o filho Lucas, os irmãos Nicholas e Matheus.
Bernardo ganhou o mundo. Morou anos nos EUA, em Tampa Beach, na Flórida. Recuou ao Equador e, sem o descer, habitou também Rio Branco do Acre.

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