Avanço importante, curso de teatro do IFF Centro tem qualidade comprovada
16/12/2019 17:51 - Atualizado em 26/12/2019 14:05
Primeira turma da licenciatura se formará levando conceito 5 no diploma
Primeira turma da licenciatura se formará levando conceito 5 no diploma / Divulgação/IFF
O curso de Licenciatura em Teatro do campus Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF) está fechando o ano com boas novas mais que especiais: a primeira turma se forma neste mês e carregará o conceito 5 do Ministério da Educação (MEC) com orgulho. Em novembro, professores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avaliaram o corpo docente, infraestrutura, materiais didático-pedagógicos e os resultados no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para atribuir um Conceito Preliminar de Cursos (CPC).
Coordenadora da licenciatura, a professora de artes Raquel Fernandes comentou a importância de o IFF disponibilizar teatro na cidade e o reconhecimento vindo em forma de nota máxima na avaliação.
— Não existem muitos cursos de teatro no interior dos estados. O 5 do MEC é muito significativo para nós; não pela nota em si, mas enquanto resultado e retorno da luta que travamos para implementar o curso. Em Campos, antes de ter a licenciatura, só existiam cerca de três pessoas com essa formação, incluindo eu. Hoje temos várias, contando os professores daqui, que são todos de fora e, por isso, trazem outras culturas, vivências e formações — disse Raquel.
Há um diferencial de que são oferecidas as quatro linguagens artísticas (dança, artes plásticas, teatro e música) para o ensino básico, sendo a única escola da região a contemplar essa diversidade. É nesta abertura que os educadores de teatro estreitam a relação entre ensino superior e básico, campo de atuação dos licenciandos.
— A gente tem de estar conectado com os adolescentes de hoje para ensinar ao nosso estudante como lidar, fazer e propor didaticamente o conteúdo — afirmou Raquel.
A notoriedade do curso foi sendo construída também através de parcerias consolidadas durante o percurso, tal como com a Polo Arte na Escola, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que funciona na Casa de Cultura Villa Maria. Os licenciandos do campus, além de participarem, podem oferecer oficinas no local, ajudando-os na inserção no mercado de trabalho. Há parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), a fim de oportunizar vagas para os alunos em espetáculos e oficinas com profissionais da área e ceder espaço para apresentação de projetos, além da Prefeitura, levando os estudantes para performances em escolas do município.
Crescimento — A presença dos avaliadores do Inep na instituição causou “uma energia muito boa dos servidores por poderem contribuir com essa avaliação”, descreveu a coordenadora, a partir da união e organização conjunta em busca de uma nota que representasse a capacidade da graduação. Aluna da primeira turma de licenciatura em teatro e a primeira professora formada atuante em São João da Barra, Ana Carolina Pavão atesta o merecimento da nota e os resultados obtidos.
— A nota faz jus, sim, ao ensino que tivemos. E sinto que, apesar das dificuldades, fomos muito bem preparados para trabalharmos no campo da arte e educação. Já estou fazendo mestrado na Uenf graças à excelente preparação que tive. Infelizmente, muitas pessoas ainda não percebem como a arte pode contribuir para uma educação de qualidade no nosso país, mas eu e a minha turma estamos prontos para mudar essa realidade — comentou.
Ananda de Souza Padilha, outra aluna da primeira turma a se formar neste mês, também elogiou o curso e pontuou as conquistas recentes.
— A diferença é absurda. Começamos do zero na instituição, não tinha um espaço próprio para a prática do teatro. Eu fiquei surpresa pela rapidez da resposta, até imaginava que iríamos nos formar e não veríamos tudo isso de evolução. As professoras foram lutando, fazendo pedidos para lugares específicos, como o Cenacam (Centro de Artes Anoeli Maciel), e materiais como os refletores para a iluminação e os tatames para práticas circenses — detalhou.
Também foram fundamentais as reformas no auditório Cristina Bastos, que serve como laboratório para as atividades teatrais tanto para turmas de ensino médio quanto para a licenciatura; salas confortáveis espelhadas para preparações corporais, e o aposento para guardar o acervo de figurinos. Para a coordenadora Raquel Fernandes, a relação entre a instituição e o curso de teatro pode ser comparada a um namoro.
— Demora a adaptar-se, mas esse 5 é um pedido de casamento, que simboliza que a trajetória valeu a pena. O IFF vê os frutos do curso nos congressos, nos quais os alunos são sempre premiados e parabenizados pela profundidade das pesquisas — pontuou.
Fonte: IFF.

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