Maria Laura Gomes e Paulo Renato
02/08/2019 08:01 - Atualizado em 13/08/2019 14:29
Vinicius Viana no Folha no Ar
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Isaías Fernandes
O presidente da Codemca (Companhia de Desenvolvimento de Campos), Vinicius Vianna, disse que Campos já esteve sob risco de até perder o Aeroporto Bartolomeu Lisandro por algum tempo em razão da ausência de providências para a concessão ainda no governo Rosinha Garotinho. O aeroporto receberá um novo terminal de passageiros até o final do ano, com a divisão de setores de offshore e da aviação comercial. Secretário Executivo do Cidennf (Consórcio Intermunicipal do Norte Noroeste Fluminense), Vianna foi o entrevistado desta sexta-feira na primeira edição do Folha no Ar, na Rádio Folha FM 98,3.
— À época, o governo não adotou as providências para a concessão. Depois de um ano à espera, a Infraero passou a cobrar aquilo que era de graça. Foi feito um acordo, a prefeitura então passou a pagar R$ 350 mil por mês, mas o pagamento só foi efetuado no primeiro mês, acumulando uma grande dívida, a ponto de no inicio do nosso governo nos deparamos com um processo de intervenção da Secretaria de Aviação Civil (SAC) — disse.
Depois do processo de licitação, o aeroporto passou a ser administrado pela Infra Aeroportos e a Codemca.
— Após a concessão, trouxemos a Shell, a CHC (companhia de taxi aéreo) e chamamos a Petrobras. O aeroporto, que antes dava um prejuízo de R$ 350 mil mensais, hoje tem um lucro de R$ 300 mil a R$ 400 mil — revelou.
Durante a concessão, que tem prazo de 29 anos e meio, a empresa está obrigada a investir R$ 98 milhões no aeroporto, sendo R$ 28 milhões num prazo de quatro anos.
Quanto à necessidade de mais voos a tarifas mais baratas, Vinicius explicou que depende da demanda e do mercado e, segundo recentes gestões junto à empresa Azul e outras do ramo da aviação, há perspectivas de inauguração de pelo menos mais três voos em breve saindo do Aeroporto Santos Dumont com destino a Vitória, com escalas por Campos e Macaé.
Com relação ao Cidennf, Vinicius espera que o órgão alcance mais quatro municípios. O consórcio é hoje integrado por Campos, Cardoso Moreira, Quissamã, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis. Devem ingressar ainda Italva, Pádua, Itaperuna e Itaocara.
— Campos esteve sempre fechada para essa integração. Numa época de escassez de recursos, vamos montar um banco de projetos e captar recursos federais e até internacionais a fim concretizar nossas demandas. O Cidennf foi uma forma de nos tornarmos mais fortes. Afinal, são municípios que representam 1 milhão de habitantes, juntando forças para alcançar coisas que não conseguiríamos isoladamente. Com representatividade maior — finalizou.