Junho Verde na Porto do Açu
22/06/2019 13:59 - Atualizado em 10/07/2019 14:52
O mês de junho é conhecido por campanhas de diversas cores e na Porto do Açu o verde dá o tom ao período dedicado ao Meio Ambiente. A campanha do complexo portuário começou no início do mês com visita de cerca de 20 crianças do grupo de escoteiros de São João da Barra à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara, criada e mantida voluntariamente pela Porto do Açu Operações. A ação faz parte do Projeto Pegadas na Restinga e foi realizada em parceria com a ONG Ecoanzol. O objetivo do projeto é promover a interação da comunidade com a área de reserva e mostrar a importância da preservação do ecossistema de restinga, típico da região onde vivem.
O primeiro dia de visita na Caruara começou com o hasteamento da bandeira do Brasil, seguido da apresentação de um vídeo da RPPN e passeio explicativo pelo viveiro de mudas, que fomenta as ações de restauração na reserva. Depois de conhecer algumas das 85 espécies produzidas no local, os escoteiros tiveram a oportunidade de conhecer o modelo e método de plantio utilizado na unidade de conservação. Na sequência, o grupo visitou o Centro de Tratamento do Programa de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu, responsável pelo monitoramento diário de 62 Km de praia, entre São João da Barra e Campos.
As experiências dos 7 anos de trabalho dedicados à preservação do ecossistema de restinga foram compartilhadas com as crianças pelo coordenador de Meio Ambiente da Porto do Açu, o engenheiro florestal Daniel Nascimento, que ressaltou a importância de integrar a comunidade à RPPN: “Este tipo de atividade é fundamental para incentivar a preservação ambiental e alertar para a responsabilidade de todos em assumir este compromisso. A Caruara não é apenas um ativo nosso, mas de todos do entorno. Temos a sustentabilidade como um de nossos principais valores e, por isso, fazemos questão de estimular as boas práticas ambientais, principalmente com as crianças, que são nossas maiores disseminadoras”, afirmou.
Na sequência das atividades no viveiro, o grupo escoteiro participou de uma aula de campo na Lagoa de Iquipari, com a professora, doutora e associada à Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Marina Suzuki. O dia seguinte também foi de interação com o ecossistema de restinga, com trilha guiada e jogos pedagógicos. Para Gabriel Veras, um dos escoteiros que participou do projeto, a experiência valeu à pena: “Com certeza a ação de hoje nos dá uma base muito maior sobre a restinga e o que podemos fazer para preservá-la, porque o nosso objetivo é justamente deixar o mundo onde vivemos melhor do que o encontramos”, afirmou.
Para a mentora da ONG Ecoanzol, Luiza Salles, o interessante do Pegadas na Restinga está no aprendizado através da troca direta com o Meio Ambiente. “O projeto permite que as crianças e adolescentes adquiram conhecimento a partir de aspectos práticos, observando as belezas, a rusticidade e a diversidade do ecossistema de restinga. E o mais importante é que elas têm a oportunidade de observar tudo isso vivenciando o bem-estar que a natureza proporciona”, ressaltou.
O Junho Verde da Porto do Açu também inclui palestras educativas nas escolas do entorno do Complexo, além de iniciativas internas, voltadas para a conscientização dos próprios colaboradores da empresa.
RPPN foi criada desde 2012 no complexo
Criada e mantida voluntariamente pela Porto do Açu desde 2012, a RPPN Caruara é a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Estado e maior unidade privada de restinga do país. Tem aproximadamente quatro mil hectares – o equivalente a quatro mil campos de futebol e a quase metade da área operacional do Complexo.
Na unidade de conservação, são desenvolvidos trabalhos de recomposição vegetal e monitoramento de fauna e flora, com mão de obra local. Hoje, cerca de 40 moradores da região trabalham no espaço. Todas as mudas plantadas na reserva são produzidas em um viveiro próprio, que é dedicado ao ecossistema de restinga e pode produzir até 500 mil mudas por ano. O viveiro maneja 85 espécies e, até agora, já produziu mais de um milhão de mudas para o Programa de Recomposição de Restinga.
Em toda a área preservada, já foram identificadas 240 espécies de flora e 311 de fauna, incluindo algumas ameaçadas de extinção, como o melocactus (Melocactus violaceus), o largato do rabo verde (Ameivula littoralis) e a borboleta da praia (Parides ascanius).
(A.N.)
 
 

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