Câmara elege novo presidente após polêmicas em Itaocara
Aldir Sales 09/01/2019 22:45 - Atualizado em 10/01/2019 15:17
Mesa eleita, da esquerda para direita: Angelo Patrinieri, Robson Vogas, Jaderson Aleixo e Alberto Taveira
Mesa eleita, da esquerda para direita: Angelo Patrinieri, Robson Vogas, Jaderson Aleixo e Alberto Taveira / Divulgação
Depois de eleger uma vereadora que foi afastada do cargo para a presidência, a Câmara Municipal de Itaocara, no Noroeste Fluminense, escolheu nesta quarta-feira (09) uma nova mesa diretora. O legislativo itaocarense foi marcado por polêmicas e decisões judiciais nos últimos meses e agora será comandado pelo vereador Robson Vogas (PSDB).
Também compõe a mesa diretora os vereadores Ângelo Patrinieri (MDB), como vice-presidente; Jaderson Aleixo (PSB), como primeiro secretário; Alberto Taveira, o Beto do Papagaio (Psol), como segundo secretário.
Na eleição anterior, a então presidente Aveline Machado de Freitas (PDT) foi reeleita para o cargo, no entanto, o imbróglio envolvendo a Casa é mais antigo. Aveline e o irmão, Michael Ângelo, são acusados de peculato por causa da suposta nomeação de uma funcionária fantasma na Casa de 2001 até 2018. Ela, que exercia a presidência da Câmara e foi reeleita para o cargo, foi afastada do cargo e impedida de entrar no prédio do Legislativo por decisão, em novembro do ano passado, do 2º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Com o afastamento de Aveline, quem assumiu interinamente a Câmara foi o vereador Edson Cardoso dos Santos, o Edson da Sinuca (Patri). Porém, após a decisão, o Legislativo demorou para chamar a suplente Leane Lessa (PDT), que entrou com um mandado de segurança. No final do ano passado, o juiz Rodrigo Rocha de Jesus, da Vara Única de Itaocara, determinou que a Câmara a convocasse.
Na última terça-feira (08), sete dos onze vereadores aprovaram um requerimento com o objetivo de esclarecer a validade da reeleição de Aveline. Porém, a sessão só foi realizada por causa de uma liminar da Justiça. Quatro parlamentares – entre eles o presidente interino – não compareceram à sessão. Com a votação, os vereadores decidiram pela nova eleição.

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