Aluízio perde na Câmara de Macaé
28/12/2018 20:26 - Atualizado em 28/12/2018 20:29
Câmara de Macaé
Câmara de Macaé / Divulgação
A dois anos do final de seu mandato, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (sem partido), sofreu uma derrota importante na Câmara Municipal. O Executivo convocou uma sessão extraordinária para que fosse analisada a proposta do governo em transferir os recursos das emendas impositivas dos vereadores para as áreas de Saúde e Educação. No entanto, com críticas dos parlamentares – que dizem que o prefeito fez a mesma coisa no ano passado e não cumpriu a medida em 2018 – o plenário da Casa derrubou a proposta.
Foram sete votos favoráveis ao projeto do Executivo e seis contrários, porém, qualquer alteração no orçamento precisa de pelo menos nove votos para ser aprovada. Em outra demonstração de divisão no Legislativo, no último dia 27 de novembro, houve empate por 7 a 7 na votação sobre as contas da Prefeitura referentes ao ano de 2016. No entanto, o balanço financeiro precisaria de dois terços (12 votos) para ser reprovado, o que não aconteceu.
Líder da oposição, o vereador Maxwell Vaz (SD) criticou o prefeito por não cumprir as emendas aprovadas pela Câmara e por não destinar, de fato, a verba para Saúde e Educação, segundo ele. “Em 2017, o Executivo pediu a mesma coisa, para socorrer a Casa de Caridade – Irmandade São João Batista. Acompanhei o processo e apenas um terço dos valores foram para o hospital”.
Por outro lado, Nilton Cesar Pereira (Pros), o Cesinha, apoiou o projeto. “Sou contra usar o dinheiro para outros objetivos. Mas como não há tempo de o governo atender às nossas propostas nos dois últimos dias úteis do ano, vou votar favoravelmente”.
Também o líder do governo, Júlio César de Barros (MDB), o Julinho do Aeroporto, foi a favor. “Caso esse projeto não seja aprovado, os valores vão entrar no excesso de arrecadação do orçamento de 2019”.
Entretanto, Luiz Fernando Pessanha (PTC) questionou os investimentos em Saúde e Educação, considerando que o orçamento de mais de R$ 2 bilhões não resolveu os problemas que, segundo ele, ocorrem nessas áreas.
Renúncia - No início da mesma sessão foi lida a carta de renúncia do vice-prefeito Vandré Guimarães. Ele alegou ter intenção de dedicar-se à vida profissional e, principalmente, à família. Com o cargo de vice-prefeito vago, o presidente da Câmara, Eduardo Cardoso (PPS), é o primeiro na linha de sucessão da Prefeitura. (A.S.) (A.N.)

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