Matheus Berriel
17/11/2018 15:08 - Atualizado em 20/11/2018 12:26
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Na próxima quinta-feira (22), às 16h, a autora sanjoanense Izabel Gregório estará na 10ª Bienal do Livro, em Campos, para lançar seu novo trabalho: “Por que tenho que quebrar o porquinho?”. O livro, destinado ao público infantil, aborda a educação financeira para as crianças. No evento, será possível comprar o livro com direito a autógrafo. A Bienal deste ano será realizada de terça (20) a domingo (25), no campus Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF). O evento é realizado pela Prefeitura e o Sesc.
A paixão de Izabel pela literatura vem da infância. Aos oito anos, já dominando a leitura e escrita, pensou pela primeira vez em escrever livros. O sonho só foi realizado em 2013. Mas, já na adolescência, ela começou a mostrar sua criatividade ao escrever a peça “Rapunzel no Sítio do Pica-Pau Amarelo”, apresentada no Cine Teatro São João, em São João da Barra. Também nesta época, publicou alguns poemas em jornais locais. Devido às dificuldades para viver da arte, resolveu virar professora, deixando o sonho de atuar como escritora para ser concretizado após a aposentadoria. Desde 2013, Izabel já lançou quatro livros: “A Menininha e o Papel de Bala”, “A Menina e o Papel de Bala”, “Um Certo Gato Vira Lata chamado Chico” e, agora, “Por que tenho que quebrar o porquinho?”.
— As temáticas abordadas são todas com um fundo emocional, numa perspectiva de formação de valores cidadãos, abordando assuntos como o respeito individual diante do coletivo, bullying, uso da internet, respeito ao meio-ambiente, respeito aos animais. E agora, neste último livro, discutindo educação financeira para as crianças — afirmou Izabel, que busca difundir seu trabalho entre as crianças visitando escolas, feiras de livros e bienais. “Ao participar das bienais do Rio e de São Paulo, nos últimos anos, vi o trabalho sair dos muros de minha cidade de uma forma surpreendente”.
De acordo com a autora, “Por que tenho que quebrar o porquinho?” conta a história de Sorvetinho, um cofre que a personagem Duda MouSou ganhou de presente da madrinha. Enquanto guardava as moedas no porquinho, dia a dia, foi se afeiçoando a ele, a ponto de não querer quebrá-lo quando este ficou cheio. A abordagem apresenta a economia inicial, com objetivos imediatos, uma vez que a menina aprende a economizar para comprar pequenas coisas. Mas, com o tempo, os objetivos vão crescendo para médio e longo prazos, a ponto de a menina evoluir seu pensamento para a compra da casa própria.
— Vejo que hoje, nós, pais e responsáveis, estamos atuando na cabeça de nossos jovens com um excesso de futuro. Nossa conversa gira em torno do que acontecerá na vida deles no futuro. Tudo é no futuro. Nosso trabalho é para garantir o futuro, eles estudam para o futuro. Enfim, o hoje não é muito trabalhado, e estamos vendo uma geração ansiosa, esperando sempre o que está por vir. Quando proponho economizar num cofrinho pequeno para garantir o sorvete do fim de semana, estou trabalhando a noção de construção de um objetivo a curto prazo. Um cofrinho maior garante a colaboração no sorvete do verão, o que seria um objetivo a médio prazo. A longo prazo, uma poupança para a viagem, a faculdade ou a venda da casa própria. Enfim, poupar para o futuro, mas viver o presente — ressalta Izabel.
Ainda segundo a escritora, outros dois livros dela já estão concluídos, aguardando publicação. São eles: “Dudinha vai à praia” e “Netinnha, com dois enes”. Além disso, está escrevendo ainda um novo infantil, chamado “O monstro do ralo”, e o romance “Mundo Paralelo”.
A autora — Izabel Cristina Gregório da Silva da Costa tem 54 anos. Aposentou-se atuando na área da educação. Professora normalista, técnica em química (Cefet-Campos), graduada em ciências, com habilitação em matemática (Fafic) e pós-graduada em educação ambiental (IFF-Campos Centro). Lecionou matemática, química, física e ciências por quase 25 anos em escolas públicas e particulares de São João da Barra. Também trabalhou por quase nove anos na administração pública do município, coordenando projetos ambientais e na área administrativa.