Cabral sem receber visitas ou assistir TV
09/10/2018 20:22 - Atualizado em 10/10/2018 15:23
O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) ficará 10 dias sem receber visitas e sem poder assistir televisão em sua cela. A punição foi aplicada após uma vistoria nesta terça-feira, na qual ele e outro detendo foram flagrados com uma quantidade de dinheiro acima do permitido. Cabral estava com cerca de R$ 570 enquanto o permitido é R$ 95,40, 10% do salário mínimo. O dinheiro é permitido para ser usado na cantina do presídio. Atualmente, Cabral cumpre pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Rio. A unidade integra o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
A vistoria foi realizada pela corregedoria da secretaria de Administração Penitenciária (Seap), em ação conjunta com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
A Seap informou em nota que essa é “uma nova prática de fiscalização que passará a ser rotina nas unidades prisionais do estado”. O órgão também afirmou que o caso será avaliado por uma Comissão Técnica de Classificação (CTC).
Entre janeiro e abril desse ano, Cabral chegou a passar três meses em uma unidade prisional de Curitiba. Seu deslocamento para a capital do Paraná ocorreu por um pedido do Ministério Público Federal (MPF), atendido pelo juiz federal Sérgio Moro. O motivo foi o tratamento diferenciado e as regalias que o ex-governador obteve na unidade em que estava até então: a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na região central do Rio de Janeiro.
Governador do Rio por dois mandatos, Cabral está preso desde novembro de 2016. Investigações que se desdobraram da Operação Lava-Jato o apontaram como líder de diversos esquemas de corrupção no período em que foi governador do Rio de Janeiro.
Ao todo, o MPF moveu 26 ações penais contra ele e oito delas já resultaram em condenações de primeira instância. Uma dessas sentenças também já foi confirmada em segunda instância. Suas penas somam até o momento mais de 183 anos de prisão.
No último dia 5, o filho de Sérgio Cabral, o deputado federal Marco Antônio Cabral, foi condenado por improbidade administrativa por visitar seu pai no presídio de Bangu 8 por 23 vezes em dias e horários não permitidos, com a prerrogativa de ser deputado federal. (S.M.) (A.N.)

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