Corpo de petroleiro sepultado em Campos
Virna Alencar 04/10/2018 21:45 - Atualizado em 05/10/2018 13:42
Bacia de Campos
Bacia de Campos / Divulgação
Foi sepultado, no início da tarde desta quinta-feira, no distrito de Santo Eduardo, em Campos, o corpo do petroleiro Washington Luiz Siqueira Melo, 49 anos, que morreu na manhã da última quarta-feira (3), na plataforma SS57. O velório aconteceu no Cemitério Campo da Paz, no Parque Aurora. A causa da morte do trabalhador, morador do município, é motivo de controvérsia entre as partes envolvidas.
Um pré-laudo atestado pela médica que trabalha na plataforma apontou morte natural. Porém, a declaração de óbito emitida pelo Sistema de Verificação de Óbito (SVO) de Macaé acusou que a vítima sofreu hemorragia interna, fratura de arcos costais e ruptura de grandes vasos no tórax. Um novo exame para apontar lesões externas foi realizado, mas o resultado ainda não divulgado.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminense (SindiPetro-NF), Tezeu Bezerra, inicialmente, a informação era de que o funcionário teria morrido de causas naturais. Mas, diante das informações adicionais recebidas, pedirá ao diretor de saúde e segurança do Sindipetro para entrar em contato com os responsáveis pela investigação do caso.
O sindicato disse, ainda, que “a entidade está tendo dificuldades de obter informações da Petrobras sobre o caso e já foi solicitado o acompanhamento do Departamento de Saúde da entidade, mas ainda não houve resposta. O trabalhador era terceirizado, mas de uma empresa não representada pelo Sindipetro-NF, o que torna ainda mais difícil a apuração pelo sindicato. Os diretores da área de saúde continuam pressionando a Petrobrás em busca de informações”.
Em nota, a Petrobras disse que "lamenta informar que o empregado da empresa Expro Washington Luiz Siqueira Melo, de 49 anos, embarcado em uma sonda da empresa Ensco, contratada para operar na Bacia de Campos, faleceu no dia 03/10/2018 enquanto era atendido na enfermaria da unidade, após ter relatado dores no peito.
O profissional estava embarcado havia dois dias na sonda Ensco 6002 e aguardava o início das atividades sob sua responsabilidade, quando, queixando-se de mal estar, procurou atendimento médico. Durante as tentativas de ressuscitação, uma equipe aeromédica da Petrobras dirigiu-se à unidade e, ao chegar, constatou sua morte. O corpo foi removido para o Instituto Médico-Legal. A empresa contratada está prestando apoio à família do profissional". 

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