"O interior vai fazer um favor"
Aldir Sales e Arnaldo Neto 15/06/2018 21:52 - Atualizado em 18/06/2018 13:50
Ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social e atual desafeto do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), o deputado estadual e pré-candidato ao Governo do Estado Pedro Fernandes (PDT) esteve nesta semana em Campos e não poupou críticas à gestão do emedebista. Fernandes falou também que o desenvolvimento do Rio de Janeiro passa pelo interior, negou qualquer conversa com o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) por uma “aliança trabalhista” e afirmou que se não for para se candidatar ao Palácio Guanabara, não vai tentar outro cargo em outubro.
— Temos que ter o entendimento de que nós precisamos do interior. Não é favor que a gente vai fazer ao promover o desenvolvimento econômico do estado através do interior. Na verdade, o interior vai fazer um favor para todo o estado porque aqui tem um potencial de crescimento da economia muito maior do que a Região Metropolitana, principalmente na atração de novas empresas. Hoje, o Rio de Janeiro produz cerca de 80% do petróleo do Brasil, mas a gente tem menos de 20% das empresas que trabalham com o petróleo aqui no estado — destacou Pedro.
O pré-candidato disse que tenta viabilizar a visita do pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) ao Norte e Noroeste Fluminense. Sobre a não presença do principal nome do seu partido em Campos, o filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna e candidato a prefeito em 2016, Caio Vianna durante sua passagem pela cidade. “Minha preocupação é conhecer as cidades e estipular meu programa de governo. Essa parte política quem vem fazendo é o partido. Parece que o Caio não estava na cidade. O pessoal do partido está em contato com ele. E eles estipulando a estratégia política: fazer reuniões, eventos, lançamento de candidatura. A gente pretende trazer o Ciro aqui para fazer o lançamento no Noroeste e no Norte. Essa relação partidária o Carlos Lupi (presidente do PDT) está conduzindo pessoalmente”.
Fernandes ficou à frente da secretaria responsável por administrar as universidades estaduais, entre elas a do Norte Fluminense (Uenf), por cinco meses, até julho de 2017. Mesmo filiado ao MDB à época, o deputado diz que se demitiu porque Pezão não teria cumprido com as promessas feitas a ele. “No auge do problema, me chamaram. O governador tinha me garantido a isonomia no tratamento, o pagamento dos salários (dos professores). Vim aqui na Uenf, conversei com eles e disse que se o governador não cumprisse o prometido, eu iria sair. Simplesmente o governador não cumpriu a parte dele e eu cumpri com minha palavra”, relatou Pedro Fernandes.
— A primeira coisa que tem que fazer é construir a estabilidade financeira do estado. (...) A gente gasta mais de R$ 200 milhões com posto de vistoria do Detran. Isso é serviço essencial? Em minha opinião, não. Então vamos cortar. A gente gasta R$ 70 milhões em aluguéis de imóveis, quando te garanto que da noite para o dia dá para rescindir o contrato de mais de 95% deles porque não tem utilidade. A gente gasta quase R$ 4 milhões com residência oficial do governador — comentou o pré-candidato.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS