O jogo entre Nigéria e Argentina, às 15h, pelo Grupo D do Mundial, será de vida ou morte para os argentinos que precisam vencer e torcer por um tropeço da Islândia diante da Croácia, no mesmo horário.

Em Campos, enquanto milhões de compatriotas estão preocupados com o destino de Neymar e cia, o coração do campista Júlio Diego Santos Crespo, de 32 anos, pulsa pelo futebol argentino. As ligações vêm de berço. Nascido em 1986, quando a Argentina conquistou a segunda Copa, teve seu nome de batismo em homenagem a Diego Maradona. Mas seu ídolo é Lionel Messi.

— Na Copa de 1994, torci pelo Brasil. Depois, passei a acompanhar a Argentina e a torcer pela seleção. O Messi é supercraque, um gênio com a bola nos pés. Merece essa Copa — disse o técnico de informática e segurança.

A filha Sarah, 8 anos, o acompanha nas partidas do selecionado e do Barcelona, aos gritos “Vai, Messi!”, diante da TV. Em dia de jogos importantes, costuma viajar até Búzios, onde se reencontra com amigos e conhecidos do país vizinho e se sente mais à vontade para comemorar as vitórias de sua seleção do coração. Quando à rivalidade entre brasileiros e argentinos, não compartilha com a tese de que ambos têm que ser inimigos por causa do futebol.

— Não temos que brigar com os argentinos, nem eles com a gente. Precisamos brigar é contra corrupção e os maus políticos — critica.

Diego não faz prognósticos para esta terça-feira, apenas diz que a esperança é a “última que morre”. “E que Sampaoli escale o Di Maria e solte mais o time”, sugeriu. A Nigéria precisa também vencer para ficar com a vaga.

Islândia e Croácia jogam também nesta terça, às 15h, em Rostov. Zlatko Dalic, técnico croata, avisou que vai poupar pelo menos os cinco jogadores pendurados. A informação preocupou nigerianos e argentinos, que podem depender de um bom resultado dos croatas. A Islândia ficou em situação complicada após perder para a Nigéria. Agora precisa vencer e torcer para que nigerianos não vençam a Argentina. (P.R.P.P.) (A.N.)