Objetivo do núcleo na FMC é promover diversidade e equidade racial na formação médica
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Foto: Divulgação/FMC
A Faculdade de Medicina de Campos (FMC) lançou, nessa segunda-feira (06, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), um espaço institucional dedicado à valorização da diversidade étnico-racial e ao fortalecimento de políticas educacionais antirracistas. O núcleo nasce com a missão de formar profissionais de saúde mais conscientes, críticos e comprometidos com a equidade, por meio da integração de saberes que reconhecem a pluralidade da sociedade brasileira.
Durante o lançamento, conduzida pelo Diretor-Geral da FMC, professor Edilbert Pellegrini, foi ressaltada a importância do NEABI na promoção de debates, seminários, cursos e atividades de extensão voltados à história e cultura afro-brasileira e indígena, bem como na análise das desigualdades raciais que impactam o acesso e a qualidade da assistência em saúde. O espaço também se propõe a oferecer acolhimento e fortalecimento identitário a estudantes negros e indígenas, com suporte acadêmico, psicológico e social.
Participaram representantes dos Neabis da UENF, do IFF Centro e do IFF SJB e do Movimento Preto da UFF Campos. Além do Grupo Gente de Teatro do Núcleo de Arte e Cultura de Campos que fez uma apresentação especial de Jongo. Foi distribuído pipoca como símbolo de alimento com forte ligação afro-descendente.
Além de fomentar pesquisas e projetos voltados à redução das desigualdades e promoção da justiça social, o NEABI reafirma o compromisso da FMC com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam a obrigatoriedade da inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena nos currículos escolares.
Coordenado pelo professor Antônio Teva, o NEABI-FMC conta com a participação de Bruno Rafael Víctor César Martins Felício (estudante do curso de Medicina), professora Kathelyn Cordeiro, a psicóloga Marianny Barreto Fideles e o assessor de comunicação Wellington Cordeiro. Segundo a coordenação, a atuação do NEABI contribui para uma formação médica mais humanizada, sensível às diferenças culturais e raciais, incorporando ao ensino conteúdos que tratam das especificidades da saúde das populações negra e indígena, como determinantes sociais, doenças prevalentes e políticas públicas específicas.
O núcleo está aberto à participação de toda a comunidade acadêmica e externa que acredita em uma educação plural, inclusiva e comprometida com a justiça social. O lema do NEABI-FMC resume sua missão: “Diversidade, equidade e memória em ação.”