Campos tem maior facilidade para ascensão social, aponta Atlas de Mobilidade
- Atualizado em 07/07/2025 16:43
Centro de Campos
Centro de Campos / Folha1
Dados do Atlas de Mobilidade Social, do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), mostram que Campos tem 49% de probabilidade da camada pobre, quando adulta, apresentar renda 10% maior que dos pais. Para o prefeito Wladimir Garotinho (PP), essa ascensão “mostra que a cidade evoluiu” nos últimos quatro anos e que “é consequência do planejamento e execução de várias ações”. O geógrafo com especialização doutoral em estatística pelo IBGE, William Passos, coordenou o levantamento e analisou que dos municípios com mais de 200 mil habitantes no estado do Rio de Janeiro, Campos é o que tem maior facilidade para a ascensão social de sua população.
O prefeito Wladimir Garotinho ressaltou, ainda, que o panorama mostrado pelo Atlas também é reflexo das ações realizadas na educação e assistência social. “O que vale ao final de toda política pública é o benefício que se produz para a sociedade. O instituto Atlas é um importante indicador, tem renome internacional e tem método confiável. Mostra que em 4 anos a cidade cresceu, evoluiu e a sua população tem uma perspectiva melhor do que tinha. Isso é consequência do planejamento e execução de várias ações, que transformaram para melhor o ambiente de negócios gerando emprego e renda, mas também de um município que voltou a tratar educação e assistência social como prioridade”, disse.
No levantamento, Campos aparece empatado com Itaboraí entre os municípios do RJ com mais de 200 mil habitantes. Ambas as cidades são seguidas por Volta Redonda, 48%; Macaé, 47%; e Magé, 47%. A capital fluminense aparece com 42%.
A listagem segue com os seguintes municípios: Belford Roxo, 44%; São Gonçalo, 43%, Duque de Caxias, 43%; Niterói, 43%; Petrópolis, 43%; Nova Iguaçu, 42%; São João de Meriti, 42%; Cabo Frio, 42%; Maricá, 42%; e Nova Friburgo, 42%.
— Dos municípios com mais de 200.000 habitantes no estado do Rio de Janeiro, Campos é aquele com maior facilidade para a ascensão social de sua população. Isso porque 49% dos campistas nascidos entre a metade mais pobre da população tem a chance matemática de alcançar, pelo menos, uma renda 10% maior que a dos seus pais. Esse percentual supera, por exemplo, a chance de ascensão social dos cariocas. Isso porque, na capital do estado, a metade mais pobre da população só tem 42% de chance de ter uma renda 10% maior que a dos próprios pais. Destaca-se que essa medida de 10% é uma métrica importante porque é usada internacionalmente como indicador de ascensão social e econômica — analisou William Passos.
O geógrafo diz que entre os determinantes da melhoria do padrão de vida destacam-se as oportunidades econômicas, o nível de renda dos pais, o grau de apoio familiar, entre outros. “Dessa forma, considera-se igualmente importante enfatizar que os principais determinantes da melhoria do padrão de vida de uma pessoa são as oportunidades econômicas, o nível de renda dos pais, o grau de apoio familiar, em casos financeiros, o acesso a uma rede de proteção social, com programas de transferência de renda, em caso de necessidade, mas, especialmente, o grau de escolarização do indivíduo, isto é, o fato de uma pessoa ter ensino fundamental completo ou diploma de ensino médio, superior ou pós-graduação. Por isso, uma economia que gera empregos e uma sociedade que apoia o empresário e as pessoas em situação de vulnerabilidade são tão importantes, assim como o investimento em educação, tanto na educação básica, desde a primeira infância, passando pela alfabetização, quanto no ensino fundamental, ensino médio, superior e pós-graduação. Mais do que os demais fatores, a educação garante a independência econômica do indivíduo e aumenta as suas chances de alcançar um padrão de renda superior ao dos próprios pais”, concluiu.

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