Corregedoria da Guarda de Campos e Deam investigam caso de violência psicológica contra agente
O caso de uma agente de trânsito da Guarda Civil de Campos que foi vítima de violência psicológica dentro do expediente de trabalho está sendo investigado pela Delegacia Especializa de Atendimento à Mulher (Deam) e também seguirá em investigação, paralelamente, com a Corregedoria da Guarda do município. A informação foi confirmada pela Associação dos Guardas Civis Municipais de Campos dos Goytacazes e também pela Prefeitura de Campos, através da GCM. O suspeito é um ex-gerente de Transporte Interno e Trânsito, que teria apontado uma arma para a cabeça da servidora. O fato aconteceu na sede da Guarda Civil Municipal, no setor de trânsito.
De acordo com o relato da vítima em sede policial, no dia 13 de fevereiro deste ano, o acusado era seu chefe na época. Na ocasião, ele teria aberto uma gaveta e tirado uma pistola de dentro dela. Em seguida, ele teria apontado a arma para a cabeça da vítima dizendo “comigo eu faço assim”. Ela se assustou e chegou para trás. Ainda de acordo com o depoimento dela, o homem continuou apontando a arma para a cabeça dela, repetindo a fala citada anteriormente. Ela teria fugido da sala correndo e não conseguiu voltar mais para o local de trabalho devido a esse episódio, ficando afastada até o dia 11 deste mês.
Segundo a associação, a agente de trânsito recebeu apoio deles e acompanhamento durante o registro da ocorrência. A associação disse ainda, em nota, que “quanto ao envolvido, o inquérito corre pela Deam, com trâmite paralelo na Corregedoria da Guarda. Até o momento, não há medidas disciplinares formais anunciadas".
A nota da associação ainda ressaltou que, em respeito ao princípio da presunção de inocência e para evitar exposição indevida, não iriam divulgar os nomes dos envolvidos até que as autoridades competentes concluam as investigações e formalizem as acusações.
"Destacamos que a associação está comprometida com a apuração rigorosa e independente, e que o caso em questão é um fato isolado, não refletindo a conduta da corporação”, finaliza.
Já a Prefeitura de Campos informou, através de nota, que a partir da denúncia da agente, a Guarda do município está instaurando procedimento investigatório, por meio da Corregedoria, para apuração, que está sendo realizada, paralelamente, pela Polícia Civil. "O agente alvo da denúncia, que é concursado, foi exonerado da função que exercia. A servidora está sendo acompanhada pelo RH da corporação", diz a nota.