Prefeitura de Quissamã receberá royalties do petróleo com alta de 30,7%
Os municípios produtores de petróleo recebem os royalties do mês de julho nesta quarta-feira (23). O destaque de alta, entre os municípios do Norte Fluminense, é para Quissamã que terá um repasse de R$ 12.613.066,64, valor 30,7% maior que os R$ 9,6 milhões do mês passado. Já nos cofres da Prefeitura de Campos serão depositados R$ 41.046.766,26, valor 1,9% superior aos R$ 40.276.852,57, de junho. A alta tem destaque para os campos de Espadarte e Tartaruga Verde.
Para o município de São João da Barra serão pagos em julho R$ 13.499.458,06, enquanto em junho o repasse foi de R$ 13.528.625,60, mostrando uma queda de 0,2% neste mês. Este é o segundo mês que o município recebe o recurso com queda, sendo que no comparativo entre junho e maio, a queda foi ainda mais acentuada, registrando uma diferença de 25,5%.
Detentor da maior parcela de royalties entre os municípios da região, Macaé registra queda de 0,7% no depósito deste mês (R$ 70.772.048,38) sobre o pagamento de junho (R$ 71.256.575,52).
Ainda no Norte Fluminense, Carapebus vai receber R$ 7.104.017,94, uma queda de 1,8% em relação a junho (R$ 7,2 milhões).
Segundo o superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu, os repasses de royalties aos municípios produtores apresentaram variações moderadas neste mês. No caso de Quissamã, o especialista não descarta que uma possível decisão judicial tenha influenciado o valor.
— Aproveito para alertar sobre a grave crise enfrentada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que hoje opera com sede fechada três dias por semana por falta de recursos. A ANP é a principal responsável pela fiscalização, segurança jurídica e leilões do setor energético. Só neste ano, a agência viabilizou mais de R$ 17,9 bilhões em arrecadação para o governo federal, oriundos de leilões do pré-sal. A paralisação da ANP afeta diretamente a arrecadação de estados e municípios, compromete a indústria e impacta o consumidor final. O momento exige responsabilidade e ação urgente por parte do governo federal. Também seguimos atentos às tensões comerciais entre Estados Unidos e Brasil, que ampliam a instabilidade do mercado de energia. A transição energética precisa de estabilidade - e não de incertezas políticas e fiscais — observou Wellington.