Patrimônios campistas: Mosteiro de São Bento de Mussurepe é tombado pelo Estado
- Atualizado em 27/11/2021 18:29
Nesta semana, foram publicados dois tombamentos no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro: o Antigo Hangar do Zeppelin, em Santa Cruz, na capital, e o Mosteiro de São Bento de Mussurepe, na cidade de Campos
De acordo com a nova diretora do Inepac, Ana Cristina Carvalho, que assumiu a direção geral no último dia 13 de outubro, a proposta da atual gestão é estabelecer procedimentos que recomponham as atribuições de proteção e fiscalização conferidas legalmente ao órgão.
“Estamos trabalhando para viabilizar os casos de compensação, restauração e conservação do patrimônio histórico e cultural, seja para manutenção do bem pelo proprietário, seja para utilização e fruição pelo particular, conferindo atividades econômicas ou culturais que permitam a sustentabilidade do bem tombado. A troca da gestão também foi pensada no sentido de priorizar o diálogo com a Casa Civil e ampliar o entendimento da importância do tombamento, dando mais celeridade aos processos”, explica Ana Cristina Carvalho.
Para a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, estes tombamentos são de vital importância para a preservação e manutenção da memória fluminense:
“Esperamos que estes espaços sejam ocupados de forma que valorizem a importância histórica e cultural de cada um. São construções ímpares, com uma qualidade arquitetônica singular e que fazem parte da história do Rio de Janeiro”, destaca Danielle Barros. (Fonte: SECEC-RJ
Mosteiro de São Bento de Mussurepe
Situado no distrito de Mussurepe, em Campos, o Mosteiro de São Bento é um símbolo histórico da presença dos monges beneditinos em Campos. Uma das construções mais antigas do município, que ainda mantém-se de pé, a construção foi fundada pelo Frei Bernardo de Montserrat, em meados do século XVII. O conjunto arquitetônico é formado pelo convento, a igreja, uma oficina e o cemitério. 
A efetivação do tombamento pelo Inepac era muito aguardado pelo setor cultural de Campos (veja aqui). O Mosteiro já era protegido em âmbito municipal, pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (Coppam), e em 2018 o prédio histórico recebeu uma etapa de restauração. Mas, ainda necessita de obras estruturais emergenciais. Com o processo de tombamento estadual, a esperança de "salvar" o Mosteiro é reforçada. 
Agora, campos passará a ter 10 bens tombados pelo Inepac. Receberam tombamento em períodos anteriores a Serra do Mar, o coreto do Jardim do Liceu, o Canal Campos-Macaé, os hotéis Amazonas e Gaspar, a sede da Lira de Apollo, o Solar do Visconde de Araruama (onde atualmente funciona o Museu Histórico), o Colégio Estadual Nilo Peçanha e o Liceu de Humanidades.

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    Edmundo Siqueira

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