Morre o empresário João Francisco Gomes, vítima da Covid-19
17/08/2021 15:44 - Atualizado em 17/08/2021 22:55
João Francisco Gomes
João Francisco Gomes / Divulgação
O empresário João Francisco Gomes morreu na tarde desta terça-feira (17), aos 94 anos, vítima da Covid-19. Ele estava internado no Hospital Dr. Beda desde a manhã de segunda-feira (16), após uma piora do seu quadro durante a madrugada, depois de cerca de 10 dias do diagnóstico da doença. Ele era o proprietário da pedreira Itereré, principal no setor em Campos e região. João Francisco deixa 12 filhos, 19 netos e seis bisnetos. O sepultamento acontece nesta quarta-feira (18), às 11h, no cemitério Campo da Paz.
De acordo com familiares, João Francisco estava há 12 dias em tratamento em casa para a Covid-19, mas seu quadro se agravou de domingo para segunda, quando precisou ser internado. Estava lúcido até o início da noite dessa segunda-feira (16), mas teve que ser intubado durante a madrugada desta terça.
O empresário, que tinha uma doença pulmonar pré-existente, já havia tomado as duas doses da vacina Coronavac, a primeira em março e a segunda em abril.
— O conhecia, gostava e admirava. A despeito da idade, era um homem forte, lúcido e empreendedor, que dedicou sua vida ao trabalho e à geração de empregos e divisas em Campos. Lamento muito a sua perda. Que serve para nos alertar o quanto a Covid ainda está à espreita de vida humanas, no meio de todos nós. E me solidarizo com sua família. Que em parte é também minha, na sua filha e minha cunhada Julie, e nas suas netas e minhas sobrinhas, Bárbara e Valentina. Vá em paz, Seu João! — disse o diretor de redação da Folha da Manhã, Aluysio Abreu Barbosa.
— O empresário João Francisco Gomes dedicou sua vida ao trabalho e deixa um legado de dedicação e comprometimento com a nossa cidade. À frente da pedreira Itereré, conquistou respeito e admiração pela forma dinâmica de conduzir a sua empresa, com atuação destacada em seu ramo de atividade. Meus sentimentos à família — declarou o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho.
— Infelizmente, mais uma vida que perdemos para essa maldita doença. Não era muito próximo, mas sempre fui um admirador de toda sua história de luta e de muito trabalho. Deixa um enorme legado como um dos grandes empreendedores não apenas de nossa cidade, mas de toda a região. Meus sinceros sentimos a toda família — ressaltou o ex-prefeito de Campos Rafael Diniz.
— É com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do empresário João Francisco Gomes. Mais um brasileiro que perde a luta para a Covid-19. Um campista empreendedor, lutador e guerreiro, que fundou a pedreira Itereré, gerando dezenas de empregos. A sociedade campista perde um grande homem — destacou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu.
— Homem íntegro, empreendedor, excelente administrador, honrado com fornecedores, clientes e colaboradores. Seu João deixa uma enorme lacuna no seu setor empresarial de Campos e do estado do Rio de Janeiro. Que Deus conforte toda a família, especialmente a sua neta Marcelle, que tanto lhe ajuda na condução dos negócios — lamentou o advogado tributarista Carlos Alexandre de Azevedo Campos.
— Um homem sempre à frente de seu tempo! Uma disposição para trabalhar em projetos que ajudaram o progresso da nossa cidade. Além disso, e principalmente, uma pessoa humana, que ajudava muito as pessoas. Sou testemunha disso. Tinha na família seu bem maior. Fica aqui o orgulho registrado de participar de sua trajetória! Vai com Deus. Sua missão foi cumprida com louvor — ressaltou o empresário Arthur Marinho.
— Um homem que fez história na cidade. Uma pessoa maravilhosa, que deixa um legado para a família e para a cidade. Um homem íntegro, sério, que pensou no bem comum, na geração de emprego. Muito preocupado com o desenvolvimento da nossa região. É uma grande perda. Vai deixar bastante saudade e uma memória positiva. Um empresário de referência, que trabalhou até os 94 anos — comentou o empresário Mario Antonio Bittencourt.
Os empresários Gilberto e Paulo José de Souza Manhães também falaram sobre a perda e a marca deixada por João Gomes. “Era uma pessoa super dinâmica, um empreendedor diferenciado. Não tinha tempo ruim para ele. Apesar da idade, nada atrapalhava. A disposição dele de trabalho e idealização era algo fora do normal. Deixa um legado para a cidade, muitos trabalhos realizados, com uma empresa familiar e muito sólida. É um exemplo para qualquer empreendedor. Uma perda muito grande. Era um líder empresarial que somou muito, realizou muita coisa, e agora perdemos essa referência. É uma tristeza, mas temos que ver o que deixou de bom, exemplo de trabalho, de disposição, de idealização. Temos que nos espelhar nele para fazer nossa cidade melhorar. Ele era como um pai para a gente, muito parceiro nos negócios, desde a época do nosso pai”.
— Lamento muito a passagem do Sr. João Francisco. Eu o admirava muito, pois nossa convivência se deu ao longo de 30 anos. Apesar de ele ter alcançado estabilidade econômica e financeira há muitos anos, o Sr. João Francisco nunca deixou de trabalhar, era um prazer para ele dirigir toda operação das empresas, inclusive no campo. Ele visitava diariamente a exploração da Rocha “in loco” e dirigia o próprio carro, escalando o caminho de trabalho. Sr. João, como eu o chamava, sempre foi antenado com as últimas tecnologias do setor de exploração de britagem de rocha, tecnologia de concreto, enfim, em todas as atividades múltiplas que ele participava. Para mim, foi um parceiro de trabalho por 30 anos, um exemplo de trabalho e dignidade a ser seguido. Foi um homem admirável. Lamento muito seu falecimento. Meus sentimentos à família. Ele vai fazer falta — lamenta o empresário Paulo Cesar Paes de Freitas.
Durante a sessão desta terça-feira na Câmara Municipal de Campos, foi aprovada uma moção de pesar pelo falecimento de João Francisco. O pedido partiu do vereador Dandinho de Rio Preto, que agradeceu por tudo que o empresário fez pela área de Rio Preto. “Sempre apto a colaborar”, disse.
O empresário — João Francisco Gomes era o proprietário e gestor da pedreira Itereré, fundada em 1959 e que se tornou líder no setor na região. Em 2009, ganhou a Medalha do Construtor Regional da Firjan.

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