Pré-candidato a governador, Rodrigo Neves mantém aposta em Caio
Dora Paula Paes 17/07/2021 08:10 - Atualizado em 18/07/2021 09:49
O ex-prefeito de Niterói e vice-presidente estadual do PDT, Rodrigo Neves, sai na frente no interior do Estado para costurar sua pré-candidatura ao governo do Estado em 2022. Em Campos, nesta sexta-feira (16), com a presença do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, anunciou que os trabalhistas têm Caio Vianna na lista de pré-candidatos a deputado federal, junto com políticos como Miro Teixeira e Chico D'Angelo.
O filho do ex-deputado federal e ex-prefeito de Campos, Arnaldo Vianna, é no momento um nome de peso do PDT no interior. Caio chegou ao segundo turno das eleições municipais, em 2020, disputando voto a voto com Wladimir Garotinho (PSD); nas urnas a diferença entre os dois foi de cerca de 5 mil votos. O sucesso de Caio no pleito, em parte, foi atribuído a articulação do ex-prefeito de Niterói, que deixou o cargo para seu sucessor, com alto índice de aprovação ao seu governo, em 85%.
“Pra mim certamente, ele (Caio) não é pré-candidato, vai ser o próximo deputado federal de Campos. Em 2022, vamos fazer uma boa bancada. Estou acompanhando de perto a formação da nominata. Temos gente muito boa: o Miro Teixeira, que voltou para o PDT, o Chico D`Angelo que é deputado, entre outros nomes, mas acho que o Caio está pronto”, disse Neves, endossado por Lupi.
Atualmente no governo de Niterói, Caio é todo agradecimento ao reconhecimento de Neves. “Estou muito feliz de ter vocês aqui. De discutir Campos e o Estado para encontrar caminhos e soluções”, destacou Caio. De fato, o PDT já criou de forma simbólica e está apresentando o projeto “o Rio de Janeiro que queremos”.
No caso da pré-candidatura de Rodrigo Neves à sucessão do Governo do Estado, Carlos Lupi considera que será necessário uma grande frente de diálogo até o pleito. “O estado do Rio tem sofrido sucessivamente com seus governantes, afastados e presos. Rodrigo, hoje, é síntese de um governante qualificado, sério. Que tem projeto para o Estado. Começamos por Macaé, estamos em Campos, conversando, levantando as demandas. E a gente pede, insiste, que ele seja candidato a governador”, revela Lupi.
Após visitas, como o encontro com o reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Raul Palácio e com empresários na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), na parte da noite, os pedetistas participaram de um encontro com militantes do partido, na sede, inclusive com a participação do ex-prefeito Arnaldo Vianna.
Ciro para o Planalto e elogios a Eduardo Paes
Na conversa em Campos, as lideranças do PDT não partiram para o ataque direto a possíveis adversários. Prevaleceu a sutileza nas colocações mais críticas. O partido tem como pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que em pesquisas recentes chegaria a vencer do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No Estado, Rodrigo Neves tece elogios ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) e já conversou com o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT). “Temos diálogo com o ex-presidente Lula (PT). O meu candidato é o Ciro, mas com possibilidade determos um duplo ou triplo palanque. A reconstrução do Rio vai exigir uma aliança ampla das forças democráticas”, disse.
Já a respeito do pré-candidato Marcelo Freixo (PSB), que no momento aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Neves disse que falta ao pré-candidato experiência para governar um estado problemático como o Rio atualmente.
“Freixo é meu amigo, também é de Niterói, mas seria uma irresponsabilidade colocar um Estado com esse tamanho de problemas nas mãos de uma pessoa que nunca administrou nada. O Rio possui 200 mil servidores ativos, um orçamento de R$ 70 bilhões, um déficit anual projetado de R$ 20 bilhões. Governar um estado com este conjunto de problemas é um grande desafio, uma encrenca do tamanho do mundo. Neste caso, não se pode apostar numa pessoa que nunca foi testada em nenhuma experiência de governança", analisa.

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