Famílias do MST ocupam fazenda do complexo Cambaíba
24/06/2021 09:19 - Atualizado em 25/06/2021 19:24
  • Ocupação do MST (Fotos: Genilson Pessanha)

    Ocupação do MST (Fotos: Genilson Pessanha)

  • Ocupação do MST (Fotos: Genilson Pessanha)

    Ocupação do MST (Fotos: Genilson Pessanha)

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    Ocupação do MST (Fotos: Genilson Pessanha)

Trezentas famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, nesta quinta-feira (24), uma das fazendas que pertencem ao Complexo Cambaíba, após a desapropriação da área para fins de Reforma Agrária pela 1ª Vara Federal de Campos, no dia 5 de maio, juntamente com outras fazendas: a Flora, Saquarema e a Cambaíba, pertencentes ao Complexo. A informação foi divulgada pelo MST. Nesta sexta-feira (25), o grupo consolidava os espaços coletivos, como alojamentos, cozinha e infraestrutura, com apoio da população e adesão de novos acampados.
A ocupação ganhou o nome de Acampamento Cícero Guedes, construído, segundo o MST, com o apoio de diversas organizações, sindicatos, entidades de Direitos Humanos, entidades religiosas, partidos políticos, movimento estudantil, movimentos sociais de Campos e também entidades nacionais.
“As famílias que participam da ocupação são oriundas de diversos territórios de resistência da região, de processos de lutas atuais e anteriores, como os agricultores de São João da Barra despejados no Porto do Açu, trabalhadores do corte de cana de Floresta, Ocupação Nova Horizonte em Guarus, trabalhadores do bairro da Codin e do antigo acampamento Luís Maranhão. Há mais de 20 anos, o MST luta pela desapropriação do Complexo Cambahyba em Campos, que desde 1998, através de decreto presidencial, foi considerada improdutiva por não cumprir sua função social. Essas terras pertenceram ao ex-vice-governador do estado, Heli Ribeiro Gomes (1968), e a ausência de função social da terra se fazia diante da manutenção de trabalho análogo à escravidão, degradação do meio ambiente, exploração do trabalho infantil, além de acumular dívidas trabalhistas e previdenciárias milionárias com a União. Ocupamos as terras da Cambahyba para exigir justiça para Cícero Guedes, grande liderança do MST que lutou ativamente para ver o chão conquistado e as famílias trabalhadoras com melhores condições de vida. Também em homenagem à Dona Neli, Seu Toninho, Edson Nogueira, Renilda e Dona Regina que doaram suas vidas e batalhas pelo tão sonhado direito à terra, efetivação da Reforma Agrária e pelo fim do trabalho escravo nos latifúndios açucareiros, em Campos”, diz o Movimento.
O MST garante que a ocupação em Cambaíba cumpre todos os protocolos de saúde. Segundo o Movimento, foram reforçadas as práticas de saúde em relação ao distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel.

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