Debate do Fidesc marcado por confrontos entre Caio, Rafael e Wadimir
05/11/2020 20:15 - Atualizado em 06/11/2020 20:40
O debate online entre os candidatos a prefeito de Campos organizado pelo Fórum Institucional de Dirigentes do Ensino Superior de Campos (Fidesc), na noite desta quinta-feira (5), foi marcado pelo confronto direto entre Caio Vianna (PDT), Rafael Diniz (Cidadania) e Wladimir Garotinho (PSD), além da disputa de temas nacionais e sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entre Jonathan Paes (PMB) e Tadeu Tô Contigo (Republicanos) e do contestação da Professora Natália (Psol).
Assim como no debate promovido pela Carjopa, Dr. Bruno Calil (SD) alegou compromissos de campanha para não comparecer ao encontro desta quinta, assim como Cláudio Rangel da Boa Viagem (PMN). Dra. Carla Waleska (PSDB) não cumpriu todos os requisitos legais e também não esteve presente.
O prefeito Rafael Diniz partiu para o ataque de Wladimir Garotinho e Caio Vianna, que ocupam as duas primeiras colocações na pesquisa do instituto Paraná. No primeiro confronto direto com o pedetista, Rafael lembrou do relatório da CPI do Fundecam que concluiu que houve um rombo de aproximadamente R$ 400 milhões nos recursos do fundo. “Você, Caio, diz que vai reviver os tempos de Arnaldo (Vianna), mas vai reviver esse rombo do Fundecam? Você lembra da fábrica de macarrão, que levou dinheiro do Fundecam na época do Arnaldo? Nós recuperamos esse e outros recursos que, junto com o governo Rosinha, somam R$ 400 milhões de rombo. Nós usamos esse recurso para investir nos pequenos empreendedores”, questionou.
Na sequência, Caio lamentou o ataque e falou que Rafael teve oportunidade de mudar o município. “Lamentável que o candidato use esse espaço para agressões e não para falar de suas falhas. O governo Arnaldo deixou um superávit e foi quem mais investiu. Foi Arnaldo que criou o Fundecam, com responsabilidade de quem conhece a máquina. Precisamos mudar com segurança porque o nosso grupo é o mais preparado. Infelizmente, a única coisa que o Rafael sabe, desde 2016, é partir para a baixaria. Você teve a oportunidade de mudar essa cidade e não fez nada. Arnaldo é considerado o melhor prefeito da história de Campos enquanto você é o pior”, afirmou.
Caio e Wladimir também se enfrentaram quando o assunto era Saúde, colocando no debate o histórico das duas famílias. “Seu pai (Anthony Garotinho) não colocou nem um centavo no Hospital Geral de Guarus (HGG) quando era governador, enquanto meu pai construiu o HGG”, disparou Vianna, enquanto o deputado respondeu:
— Acho que você está com a memória curta porque o meu pai, o Garotinho, equipou o HGG inteiro. Você deve estar desesperado porque as pesquisas mostram que está perdendo de muito em Guarus.
Nacional
O debate nacional também esteve presente no encontro. Jonathan Paes e Tadeu Tô Contigo tentaram disputar a preferência dos simpatizantes de Bolsonaro. “O presidente Bolsonaro já fez vídeo falando que não iria apoiar nenhum candidato a prefeito e para ninguém votar em quem usa fundo eleitoral. E você, Tadeu, já gastou R$ 342 mil do fundo eleitoral, que era dinheiro que deveria ser utilizado na Saúde, na Educação. É uma vergonha e ainda fica querendo surfar na onda do Bolsonaro”, disparou Jonathan para Tadeu, que devolveu:
— Você está totalmente equivocado. Sou o candidato do partido da família Bolsonaro. A Rogéria, o Carlos, o Flávio e o Eduardo Bolsonaro estão no Republicanos. E você ainda está errado porque Bolsonaro apoia, sim, a candidatura do Crivella no Rio de Janeiro, que é do meu partido. Eu sou de família pobre e por isso preciso do fundo eleitoral”.
Acusações
Logo na abertura do segundo bloco, Jonathan também partiu para o ataque contra Wladimir e falou sobre combate à corrupção. “Você está no seu primeiro mandato e é acusado de envolvimento com tráfico de drogas e compra de votos. Sem contar que sua família foi toda presa várias vezes, isso está no seu DNA. O senhor fala mentiras e quer dizer que vai fazer governo de verdade?”.
“Primeiro, todos processos da minha família são na Justiça Eleitoral, não tem por corrupção. Sou deputado de primeiro mandato, bom mandato reconhecido por meus adversários e estou aqui para escrever minha história. Campos tem jeito e precisa de gente que se importe com a vida das pessoas. Quem me deu o mandato foi povo de Campos. Fui o mais votado em Campos porque reconhecem serviços prestados pelo município, sou cristão, vou honrar meus pais, mas vou escrever minha história própria”, respondeu Wladimir.
Em outro momento, Roberto Henriques (PCdoB) questionou Rafael Diniz sobre possível negociação com Caio e Bruno Calil para segundo turno. “Você liberou seus amigos para apoiar Caio e Bruno Calil. Essa briguinha hoje com Caio é uma farsa para tirar o foco da população?”, questionou Roberto.
“Talvez por você ter feito parte de todos esses governos, esteja acostumado a obrigar pessoas ao que não querem. Elas podem seguir o que quiserem, acabou a época da opressão. Muito orgulho das pessoas ao meu lado, que acreditam no melhor para Campos. Melhor do que seus amigos fizeram. Com muito menos recursos estamos ajustando e transformando a cidade, com liberdade, sem fofoca que você está acostumado”, disse Rafael.
O candidato do PCdoB ainda negou omissão e voltou a falar em um possível acordo do prefeito com outros prefeitáveis. “É uma conversa mole para boi dormir. Realmente participei, mas rompi por todos, não esperei terminar. Rompi com Arnaldo e Garotinho no auge, era vice Mocaiber rompido e não time cargo de Cabral. Você é um tremendo Rolando Lero. É uma farsa a briguinha com Caio ou você está achando que a população é idiota?”, perguntou.
“Caio, para mim, é uma das piores opções. Vejo a imagem de Arnaldo sentado, com Caio para assinar os documentos. Nunca fui preso, acusado ou afastado. Todos que você apoiou tiveram problemas com a Justiça”, completou Rafael.
Confira o debate o completo:

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