Situação de hospitais segue sem definição
Daniela Abreu 11/11/2019 22:10 - Atualizado em 13/11/2019 14:52
A situação dos hospitais contratualizados de Campos continua indefinida. O Sindicato dos Empregados da Saúde de Campos disse que vai aguardar, essa semana, um posicionamento da Prefeitura quanto à Participação Especial (PE) e o recebimento de alguns valores previstos. Há uma nova assembleia marcada para o dia 19, que irá definir os rumos do movimento. Os diretores das quatro unidades, Santa Casa de Misericórdia, Plantadores de Cana, Beneficência Portuguesa e Álvaro Alvim, realizaram alguns pagamentos e compraram medicamentos com a verba repassada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), referente a este mês. Nesta segunda-feira (11) chegou a ser ventilada uma suposta paralisação de médicos contratados por Regime de Pagamento Autônomo (RPA), mas a notificação oficial não foi confirmada pela Prefeitura ou sindicatos que atendem à categoria.
Segundo Carlos Morales, presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde de Campos (SES), como os acertos foram feitos na semana passada, essa semana será para aguardar os pagamentos. “Nós resolvemos aguardar o dia 14, porque houve a reunião, na semana passada, com o secretário de Estado, e ficou acertado que até dia 14 o Estado repassaria essa emenda parlamentar de R$ 8 milhões para os quatro hospitais filantrópicos e estamos esperando também a Participação Especial. O prefeito ainda não se pronunciou, mas sabemos que entrou praticamente 50% do que era esperado, então a gente não sabe como vai se dar isso. A gente espera que essa semana resolva tudo isso”, disse.
Morales reforçou, ainda, que a Santa Casa pagou o mês de outubro e está em débito com o 13º do ano passado, o HPC pagou 50% para a metade dos funcionários e 100% para outra metade, e também ficou em débito com o 13º de 2018; e a Beneficência pagou 50% de setembro e o salário de outubro que já venceu.
Frederico Paes, diretor do HPC e presidente do Sindicato dos Hospitais, clínicas, Casas de Saúde e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do norte Fluminense (Sindhnorte), também disse não ter recebido posicionamento da Prefeitura. “A preocupação é enorme porque os medicamentos estão acabando. Nós recebemos um pouco mais de R$ 1 milhão do repasse federal, pagamos metade do salário de setembro com esse dinheiro, pagamos um pouco a médicos também, menos da metade, e compramos um pouco de medicamentos, material hospitalar e alimentação para pacientes. Só que já está acabando de novo. Sobrou muito pouco para comprar remédio. Não fomos comunicados, não fomos procurados pela Prefeitura, porque mesmo que a Participação Especial tenha sido menor, poderia ter sinalizado algum pagamento e até agora nada foi feito. Quanto ao dinheiro do Estado, está prometido para o dia 14, mas eu acho complicado pelo curto espaço de tempo”, explicou.
Procurado sobre o anúncio da greve dos médicos contratados por RPA, o presidente do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), José Roberto Crespo, respondeu em nota que: “não houve uma procura oficial por parte dos RPAs ao Simec para fins de intermediação junto ao poder público em defesa de suas reivindicações. O sindicato obteve informações oficiosas a respeito da possibilidade de tal paralisação. Entretanto, em reunião realizada na manhã de hoje (ontem), na secretaria de Gestão Pública, o presidente José Roberto Crespo cobrou a regularização dos salários atrasados dos RPAs, bem como outras reivindicações da categoria”.
Também questionada sobre os pagamentos, a Prefeitura disse que “na última sexta-feira (08), a administração municipal foi surpreendida ao receber a metade do que estava previsto de Participação Especial. A redução impacta drasticamente as finanças do município, o que obriga a prefeitura a refazer todo o cronograma de pagamentos. A equipe está trabalhando no replanejamento dos pagamentos”. 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS