Investigações da Polícia Civil seguem sob sigilo
Verônica Nascimento 27/06/2018 12:37 - Atualizado em 28/06/2018 13:40
Hugo foi assassinado no Parque Eldorado
Hugo foi assassinado no Parque Eldorado / Reprodução - Facebook
Seguem sob sigilo, na 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), as investigações sobre a morte do soldado da 2ª Companhia de Infantaria do Exército em Campos Hugo Alvarenga e do caso em que uma adolescente de 14 anos foi baleada pelo irmão, um ano mais novo do que ela. O militar, morador no Parque São Silvestre, seguia de moto para a casa da namorada na noite de sábado (23), quando, no bairro vizinho, no Parque Eldorado, foi baleado, atingido por um único tiro na cabeça. Já a adolescente estava em casa, no conjunto habitacional do Parque Santa Rosa, na noite de domingo (24), quando foi atingida por um tiro de revólver calibre 38. O disparo, efetuado pelo irmão de 13 anos, teria sido acidental e atingiu uma orelha da menina, que foi socorrida por vizinhos, medicada no HFM e liberada.
Os dois casos ocorreram em uma área de Guarus conhecida como "Faixa de Gaza". Além do Santa Rosa e Eldorado, os parques Custodópolis, Santa Clara, Prazeres, Bandeirantes e Codin compõem a área que, devido ao número de mortes resultantes do conflito entre facções do tráfico de drogas, está sendo comparada à Síria.
A polícia chegou a levantar a hipótese de crime passional no caso do soldado, que chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas morreu horas depois, na madrugada de domingo, dia em que completaria 21 anos. A família já havia preparado o bolo de aniversário para o jovem, que servia havia três anos na 2ª Cia do Exército.
Moradores do Parque São Silvestre, que conheciam Hugo e sua família, acreditam que o soldado foi vítima da violência da “Síria campista”, que ele teria acelerado a motocicleta para fugir de um assalto. Ainda são sigilosos os dados da investigação, que está sendo acompanhada pela Polícia do Exército. Hugo foi a 79ª vítima de homicídio na região de Guarus este ano.
Também não foram divulgadas informações sobre o caso dos dois irmãos, como a origem da arma. Segundo a Polícia Militar, o menino de 13 anos manuseava o revólver, quando ocorreu um tiro acidental, que acabou atingindo a irmã. A arma tinha quatro munições intactas e uma deflagrada. O adolescente foi levado para a DP de Guarus, juntamente com os pais, e liberado.

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