Filme sobre a vida e obra de Tom Jobim emociona a plateia
Celso Cordeiro Filho 07/06/2018 18:25 - Atualizado em 08/06/2018 14:34
Antônio Leudo
“Trata-se de uma cinebiografia bastante diferente, pois não tem diálogos e nem depoimentos. Só música”. Desta maneira, o professor e pesquisador cultural Marcelo Sampaio iniciou, nessa quarta-feira (6), no Cineclube Goitacá, a apresentação do filme “A Música Segundo Tom Jobim”, de Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim (neta do compositor). Chamou a atenção para a participação de Carlinhos Brown interpretando “Luiza” acompanhado do violoncelista Jacques Morelembaun. “É um assombro. Trata-se de uma interpretação magistral da música de Jobim”, observou.
Marcelo destacou, ainda, que o documentário “A Música Segundo Tom Jobim” foge a qualquer conceito do que seria um documentário tradicional: o uso de imagens se intercalando com palavras. Nesse caso, o diretor Nelson Pereira dos Santos, num trabalho que começou em 2008, deixou de lado a palavra e valorizou somente a obra musical do grande compositor falecido em 1994.
São 42 músicas em quase 90 minutos de filme que revisita grande parte da obra do que é hoje aclamado como o maior compositor que o Brasil já teve. Cantores como Elis Regina, Gal Costa, Henri Salvador, Frank Sinatra, Chico Buarque, Caetano Veloso, Sammy Davis Jr, Ella Fitzgerald, entre outros, cantam clássicos da obra de Jobim.
Após a apresentação, durante os debates, o jornalista Vilmar Rangel chamou a atenção para “a universalidade da criação melódica de Tom Jobim e, por isso, suas músicas foram e serão cantadas no mundo inteiro”. Já o psicanalista Luiz Fernando Sardinha disse sentir um “certo banzo quando assistimos hoje tanta corrupção neste país. Definitivamente, não é um Brasil que merece Tom Jobim”. Marcelo também lembrou que a exibição de “A Música Segundo Tom Jobim” serviu para homenagear o cineasta Nelson Pereira dos Santos, falecido em abril deste ano, o próprio Tom Jobim e os 60 anos da Bossa Nova.

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