Chikungunya volta a ter registros do estado
Jane Ribeiro 24/04/2018 08:47 - Atualizado em 24/04/2018 16:51
O número de casos de chikungunya, doença transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, no estado do Rio de Janeiro, praticamente triplicou no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2017. De janeiro a março de 2018, foram registrados 4.262 casos, contra 1.585 no primeiro trimestre do ano passado. Os números foram divulgados pela secretaria de Estado de Saúde (SES). Em Campos, os dados ainda não foram computados, mas o coordenador do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas, Luiz José de Souza, informou que o número na cidade também aumentou.
O médico Alexandre Chieppe, da subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES, considerou que o aumento expressivo do número de casos ocorre porque grande parte da população do Rio ainda não foi afetada pelo vírus da chikungunya, tornando as pessoas mais suscetíveis à doença. Segundo ele, é preciso investir em prevenção e em campanhas de esclarecimento, pois o vetor é o mesmo da dengue. Ele afirma que os meses mais frios são ideais para a prevenção, quando cai a atividade do mosquito, para que os casos não explodam nos meses quentes.
Embora a letalidade da doença seja considerada baixa, em torno de 1%, Chieppe lembra que a chikungunya apresenta, em cerca de 30% dos infectados, complicações como dores articulares crônicas, que podem se prolongar por semanas, meses e até anos, prejudicando ou mesmo incapacitando a pessoa ao trabalho.
Segundo o diretor do CRDI, Luiz José de Souza, o alerta e as formas de prevenção devem ser mantidas, já que existe a possibilidade de surto da doença em todo o estado.
— Ainda não temos o número exato de casos, mas, com certeza, tivemos aumento em vários bairros da cidade. A gente faz um apelo à população, que também deve fazer a sua parte, evitando o depósito de lixo em vias públicas, que acumulem água que sirvam à procriação do Aedes aegypti. Também é preciso combater o criatório do inseto dentro de casa, eliminando locais e recipientes com água parada — informou o médico.
Os sintomas iniciais da dengue e da chikungunya são semelhantes, com febre e dores no corpo, e só um exame de sangue pode indicar, com segurança, o diagnóstico. “Em caso de dúvida é preciso que a pessoa com sintomas procure imediatamente o Centro de Referência para que o exame seja feito imediatamente”, informou o diretor.

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