Público se emociona com documentário sobre Caetano
Celso Cordeiro Filho 29/03/2018 16:49 - Atualizado em 01/04/2018 13:30
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Marcelo Sampaio apresentou ENTITY_quot_ENTITYCirculadô de Fulô / Rodrigo Silveira
“É uma das cenas mais bonitas de toda a cinematografia mundial”. Assim se expressou o professor e pesquisador cultural, Marcelo Sampaio, logo após a exibição, nessa quarta-feira (28), no Cineclube Goitacá, do documentário “Circuladô de Fulô”, de José Henrique Fonseca e Walter Salles, quando Caetano Veloso apresenta seu filho Zeca ao Tempo — um baobá, que representa a Árvore do Tempo, no terreiro de Menininha de Gantois, em Salvador (Bahia). “A cena é maravilhosa e me tocou muito. Aliás, todo o documentário é emocionante”, acrescentou.
Na sua estreia mundial, como Marcelo faz questão de ressaltar em tom jocoso, uma vez que não havia sido exibido em sala de cinema, o Cineclube Goitacá teve a primazia de exibir o filme que marca os 50 anos do cantor e compositor Caetano Veloso. “A cópia tem uma série de imperfeições técnicas e, por isso mesmo, é histórica. Aqui, nessa noite, estamos tendo o privilégio de assistir uma obra que estava restrita a poucos”, disse. Como vai fazer uma série de palestras sobre a obra de Caetano, a equipe da produtora Paula Lavigne disponibilizou o documentário para exibição no Cineclube Goitacá.
Inicialmente, são mostradas cenas da infância e juventude de Caetano Veloso em Santo Amaro da Purificação, interior da Bahia, onde nasceu. Uma delas também marcante é quando Caetano acompanha ao violão sua mãe, Dona Canô, cantar velhas canções. “Enfim, é um momento de total integração de sensibilidades”, salientou. Já em Salvador, em 1992, Caetano apresentou o show “Circuladô de Fulô”, que serve de pano de fundo para apresentação de sua vida e obra. Há cenas mostrando o período do exílio em Londres (Inglaterra), juntamente com Gilberto Gil, quando Caetano fala sobre a visita de Roberto Carlos. Ele chorou muito quando Roberto apresentou a música “As Curvas da Estrada de Santos”, que acabara de fazer. Tocado pelo fato, Roberto retorna ao Brasil e faz a antológica “Debaixo dos Caracóis de seus Cabelos” em homenagem a Caetano. O público, ao final da sessão, aplaudiu entusiasticamente.

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