Rodrigo Maia quer votar rápido denúncia contra Michel Temer
15/06/2017 18:18 - Atualizado em 17/06/2017 14:47
Rodrigo Maia
Rodrigo Maia/Divulgação
O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) admitiu nesta quinta-feira (15) a possibilidade de suspender o recesso parlamentar para que a Casa vote a denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar contra o presidente Michel Temer nos próximos dias. Constitucionalmente o recesso começa dia 18 de julho,
De acordo com Maia, aliado de primeira hora de Temer e que seria o sucessor no caso de vacância do cargo de presidentes, “o papel da Câmara é começar e encerrar o assunto”.
— Se acontecer a denúncia, a sociedade não vai entender que a Câmara pare até terminar este processo. Porque, enquanto tiver este processo na Câmara, esta vai ser a agenda prioritária da Câmara, e deve ser mesmo. Só depois disso que se consegue retomar com mais tranquilidade as outras agendas — disse Rodrigo Maia em matéria ao jornal Folha de São Paulo.
O recesso parlamentar pode ser suspenso de duas maneira: A primeira seria protelar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Os parlamentares não podem sair de férias sem aprovação.
A segunda, segue a Constituição, que diz que Câmara e Senado podem aprovar por maioria simples (metade mais um) requerimento de convocação extraordinária apresentado pelo presidente da República, pelo presidente de uma das duas Casas ou pela maioria dos deputados e senadores.
A ideia do Planalto era acelerar a tramitação da denúncia para que ela pudesse ser votada antes do recesso. O governo acredita que tem votos suficientes para rejeitá-la e quer diminuir o tempo de desgaste de Michel Temer, investigado em inquérito após gravação e delações de executivos da JBS. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem prazo para apresentar a denúncia, mas acredita-se que ocorra na semana que vem. (S.M.) (A.N.)

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