Caso Odebrecht ainda no STF
15/06/2017 20:49 - Atualizado em 17/06/2017 14:48
Prédio da Odebrecht
Prédio da Odebrecht / Divulgação
As petições do Supremo Tribunal Federal (STF) referentes às delações de executivos da Odebrecht, onde são citados políticos da região, ainda não chegaram ao Rio, o que deve acontecer até julho. Isso porque, houve recurso por parte envolvidos. Na última terça-feira, dia 13, a segunda turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator. Os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho (ambos do PR), o prefeito de Macaé, Dr. Aluizio (PMDB), Adrian (PHS) e Riverton Mussi (PDT), respectivamente ex-deputado federal e ex-prefeito de Macaé, além do ex- prefeito de Rio das Ostras, Sabino (PSDB) foram citados nas delações.
Em março último, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF uma lista com políticos citados nas delações dos executivos da Odebrecht. Os depoimentos explosivos foram chamados de “delação do fim do mundo” e ocorreram antes das delações e da ação coordenada de executivos da JBS.
No início de abril, as delações foram tornadas públicas pelo ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin. A lista de Fachin tem 108 nomes, dos mais varidos partidos. A relação de políticos sem foro privilegiado, por não exercerem no momento função pública, será encaminhada aos tribunais federais dos estados de origem, como é o caso do Rio.
Em 9 de maio, Fachin encaminhou ofício ao juiz diretor da seção judiciária do Rio de Janeiro, com cópia da decisão do ministro e mídias digitais. Porém, o processo em si ainda não foi remetido, de acordo com a assessoria do Tribunal Regional Federal do Rio (TRF 2) porque houve recurso das partes. Quando o processo for para o TRF2, deverá ficar a cargo do juiz Marcelo Bretas, responsável pelas investigações da Lava Jato no estado.
Para lembrar — Na delação do executivo da Odebrecht Benedicto Júnior, ele afirmou que o casal Garotinho recebeu dinheiro não contabilizado – o chamado caixa dois – em três campanhas eleitorais, totalizando R$ 12 milhões. Também foram citados os irmãos Riverton e Adrian Mussi, o ex-deputado Alcebíades Sabino e Dr. Aluizio (PMDB). Sobre este último, o delator disse, porém, que não tratou diretamente com o prefeito e que não se lembra quem teria sido o interlocutor.
O outro lado — Todos os citados negam qualquer irregularidade. No caso do casal Garotinho, quando a delação veio à tona, a assessoria dos dois divulgou a seguinte nota: “O ex-governador Anthony Garotinho informa que ele e sua esposa, Rosinha Garotinho, jamais receberam qualquer valor não contabilizado da Odebrecht”. (S.M.) (A.N.)

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