Fachin autoriza PF interrogar Temer
30/05/2017 22:08 - Atualizado em 01/06/2017 15:22
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou, nesta terça-feira, que o presidente da República, Michel Temer, seja interrogado pela Polícia Federal no inquérito em que é investigado, referente à gravação de conversa entre ele e o executivo da JBS, Joesley Batista, no último dia 17 de maio. Relator da Lava Jato no STF, Fachin decidiu que o presidente deve responder às perguntas dos policiais dentro do rito do inquérito. As perguntas poderão ser encaminhadas por escrito, e o prazo para respostas será de 24 horas.
Fachin desmembrou o inquérito em dois. O primeiro, referente à conversa entre Temer e Joesley Batista passou a ter como alvos o próprio presidente e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), seu ex-assessor. O segundo, voltado apenas para a situação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), também flagrado em conversas comprometedoras com o mesmo empresário, entre outras.
Faltando poucos dias para o julgamento sobre a chapa eleitoral que o elegeu vice-presidente, em 2014, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a decisão de Fachin é mais uma situação de fragilidade para o governo. Também chega em um momento de tumulto, com a recusa do ex-ministro da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), de assumir o ministério da Transparência e de muitas indefinições sobre o apoio de parlamentares ao Executivo.
Temer tirou Serraglio da Justiça – pasta que em tese deveria comandar a Polícia Federal. Serraglio recusou-se a assumir a pasta da Transparência, o que poderá fazer com que Loures perca foro privilegiado, já que este ocupava como suplente a cadeira de Serraglio na Câmara. Para manter o foro, só se algum colega de seu estado deixar a Câmara para assumir um dos ministérios vagos. (S.M.) (A.N.)

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