Gilberto Gomes, do PT de Campos, é solto após dois dias preso
O secretário de Comunicação do PT, Gilberto Gomes, foi solto na tarde desta terça-feira (9), na Casa de Custódia. Ele foi preso em flagrante no domingo por injúria racial durante protesto dos partidos de esquerda e de sindicatos que ocorreu no desfile cívico realizado no Cepop, em Campos, e teve a liberdade concedida em audiência de custódia na manhã desta terça.
Após a sua liberação, Gilberto afirmou sua fala ao bombeiro civil era de teor político. “Falo com convicção que naquele momento não afirmei nada de teor racista. Era um debate político e, na política, a gente vai continuar debatendo essa sociedade. Por mais que queiram nos calar e censurar de formas baixas e vis. Eu tenho fé na justiça e a justiça já começou a reparar esse erro”, explicou o secretário do PT.
O advogado responsável pelo caso, João Paulo Granja, ressaltou ainda sobre o juiz ter visto a situação como um embate político ao invés de racial. "Ele precisará comparecer bimestralmente ao Fórum e se manter distante da vítima. Na visão do juiz, foi uma opinião que não tinha cunho racial, mas sim embate político nesse momento de disputa acirrada que tivemos", disse o advogado João Paulo, que acompanhou a audiência de custódia. Ele ressaltou ainda que a liberdade também tinha sido solicitada pelo próprio Ministério Público.
O advogado responsável pelo caso, João Paulo Granja, ressaltou ainda sobre o juiz ter visto a situação como um embate político ao invés de racial. "Ele precisará comparecer bimestralmente ao Fórum e se manter distante da vítima. Na visão do juiz, foi uma opinião que não tinha cunho racial, mas sim embate político nesse momento de disputa acirrada que tivemos", disse o advogado João Paulo, que acompanhou a audiência de custódia. Ele ressaltou ainda que a liberdade também tinha sido solicitada pelo próprio Ministério Público.
Outro advogado que acompanha o caso, Alex Cabral, também falou sobre a situação e a decisão de liberdade concedida pelo juiz. Ele também ressaltou sobre o pedido do MP quanto a soltura de Gilberto.
“Não só a defesa, mas o próprio Ministério Público já tinha se manifestado pela soltura dele. Então, nem a acusação teve interesse em manifestar pela prisão dele, e o próprio juiz, na visão dele, que ele manifestou ali, sequer poderia ser considerado crime, porque pareceu mais uma opinião em tom reflexivo sobre a postura política do outro rapaz lá. Embora não seja ele que vai julgar o caso, ele só deixou isso evidente, que, para ele, não houve o dolo de ofender, de discriminar, de diminuir a suposta vítima, somente uma crítica em tom reflexivo da posição política do outro, isso no contexto atual de polarização e terminou onde terminou”, explica.
O diretório do PT em Campos divulgou uma nota sobre a liberdade concedida a Gilberto Gomes. O partido destacou que o juiz reconheceu que não houve crime de injúria racial.
"O Partido dos Trabalhadores de Campos dos Goytacazes vêm a público informar que nosso companheiro Gilberto Gomes teve sua liberdade devolvida hoje, 09 de setembro de 2025 às 10h, após dois dias preso injustamente em função de ter defendido a militância progressista da cidade enquanto participavam da marcha em representação pelo ato simbólico ao 30° Grito dos Excluídos. Durante a audiência de custódia no dia de hoje, o juiz reconheceu que não houve crime de injúria racial e que se tratava de uma discussão política. Continuaremos juntos defendendo nossas ideias e os nossos militantes hoje e sempre!", diz a nota do partido.
Apoiadores e amigos de Gilberto estiveram presente na Casa de Custódia esperando o resultado da audiência e fizeram um vídeo comemorando a liberdade do secretário, que foi publicado através das redes sociais do Jefferson de Azeredo. Confira o vídeo:
O caso
No domingo (7), Sete de Setembro, um militante do império brasileiro acionou a Guarda Municipal após Gilberto indagar sua posição política. As partes envolvidas confirmaram que o secretário do PT perguntou: "preto e monarquista?". A vítima disse que se sentiu ofendido com o questionamento.
O professor de história e militante do PT, Eduardo Pexeito da Silva, contou que o apoiador da monarquia começou as ofensas e que ele e Gilberto foram interferir na situação. "Como poderia alguém fazer apologia à monarquia, que é um momento da história em que havia escravidão?"
Após a confusão, o secretário do PT foi encaminhado para a 134ª DP (Delegacia de Polícia) e foi preso em flagrante e encaminhado, na segunda de manhã (8), para a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, em Guarus, onde aguardou a audiência desta manhã.
O professor de história e militante do PT, Eduardo Pexeito da Silva, contou que o apoiador da monarquia começou as ofensas e que ele e Gilberto foram interferir na situação. "Como poderia alguém fazer apologia à monarquia, que é um momento da história em que havia escravidão?"
Após a confusão, o secretário do PT foi encaminhado para a 134ª DP (Delegacia de Polícia) e foi preso em flagrante e encaminhado, na segunda de manhã (8), para a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, em Guarus, onde aguardou a audiência desta manhã.