Diego Dias: "É zero a chance da CPI virar pizza"
“Campos dos Goytacazes é a prova principal da CPI da Enel”. A declaração foi dada pelo vereador Diego Dias (PDT), durante sua participação no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, dessa terça-feira (20). Relator da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) da Enel, ele projetou um prazo de até 90 dias para encerrar os trabalhos e apresentar um relatório. Diego ainda fez um balanço do governo Wladimir II e da situação do transporte público, saúde e dos RPAs da Prefeitura de Campos. O vereador cobrou dos deputados estaduais sobre o repasse do co-financiamento da saúde. O parlamentar fez, ainda, uma análise sobre o cenário político para o próximo pleito, em 2026, a governador e presidente.
CPI da Enel — "Eu não posso falar especificamente das provas que estão contidas no processo pelo caráter sigiloso, mas eu vou ser direto, objetivo e amplo: Campos dos Goytacazes é a prova principal da CPI da Enel. Você me relatou algumas coisas que são inclusive objetos de projetos de lei de minha autoria. Podas de árvores, postes caindo, fios pendurados, fio obsoleto na rede, caos na rede, o que gerou já vários casos de incêndio em transformadores, inclusive na região central da cidade, as oscilações de tensão e tudo que leva à comprovação do desserviço praticado pela Enel”. Hoje a CPI já está na fase lá das coletas de prova e de depoimento. Nós teríamos uma oitiva na sexta-feira, que é uma coleta de depoimentos, e foi solicitado que passasse para esta terça-feira. Hoje é dia de reunião da comissão e é dia de coleta de novos interrogatórios e seguimento da comissão. Não tenham a menor dúvida de que nós estamos lutando arduamente e essa comissão vai trazer frutos positivos para a população, sim. Queremos, em um prazo máximo de 60, 90 dias, finalizar esse processo com uma entrega bem considerável de posição e de levantamento da população de Campos em relação à Enel. É zero a chance de a CPI da Enel terminar em pizza.”.
CPI da Enel — "Eu não posso falar especificamente das provas que estão contidas no processo pelo caráter sigiloso, mas eu vou ser direto, objetivo e amplo: Campos dos Goytacazes é a prova principal da CPI da Enel. Você me relatou algumas coisas que são inclusive objetos de projetos de lei de minha autoria. Podas de árvores, postes caindo, fios pendurados, fio obsoleto na rede, caos na rede, o que gerou já vários casos de incêndio em transformadores, inclusive na região central da cidade, as oscilações de tensão e tudo que leva à comprovação do desserviço praticado pela Enel”. Hoje a CPI já está na fase lá das coletas de prova e de depoimento. Nós teríamos uma oitiva na sexta-feira, que é uma coleta de depoimentos, e foi solicitado que passasse para esta terça-feira. Hoje é dia de reunião da comissão e é dia de coleta de novos interrogatórios e seguimento da comissão. Não tenham a menor dúvida de que nós estamos lutando arduamente e essa comissão vai trazer frutos positivos para a população, sim. Queremos, em um prazo máximo de 60, 90 dias, finalizar esse processo com uma entrega bem considerável de posição e de levantamento da população de Campos em relação à Enel. É zero a chance de a CPI da Enel terminar em pizza.”.
Avaliação do Wladimir II — "Para poder fazer análise desses primeiros meses, é importantíssimo tratar dos primeiros quatro anos de gestão em que enfrentamos pandemia, um processo de reconstrução que a gente ainda vive no município. Ele com sua capilaridade, sua penetração política, conseguiu junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal fazer o resgate da dignidade da população através da entrega de melhor serviço em todas as áreas, seja na saúde, educação, inclusive recebendo um prêmio, na semana passada, pela fusão do tecnológico com educação. Diante do fato do afastamento financeiro do Governo do Estado, eu dou uma nota nove ao governo Vladimir Garotinho e ao prefeito Wladimir Garotinho, que estará em breve nos dez ou próximo dos dez novamente".
Erros e acertos do Wladirmir II — "A quantidade de investimento que está vindo é considerável e teremos muita geração de emprego. Então, os acertos são muito maiores do que os erros. Temos que aplaudir. Então, hoje, os acertos do governo de Wladimir Garotinho, eles suplantam e se sobrepõem infinitamente em relação aos erros e fazem com que ele tenha essa aprovação, faz com que as urnas mostrem um resultado histórico no ano passado e que ele tenha 20 vereadores na base. O que pode ser visto como erro, eu vejo como acerto, que é a característica dele em enfrentar os problemas difíceis".
Transporte em Campos — "No início da primeira gestão, Wladimir Garotinho, ele já estava imbuído do propósito de trazer a solução para isso. Tanto que ele acabou com aqueles terminais, que não podem ser chamados de terminais do governo Rafael Diniz. Eram tendas improvisadas, em que a população não tinha a menor dignidade. Então, isso já foi eliminado no sentido de dar um novo formato ao transporte público municipal. Eu vou lembrar vocês e a população de que houve decisões judiciais naquele momento, mantendo efetivamente o que tinha sido feito no processo de licitação do governo Rafael Diniz. No meu ponto de vista, foi um processo equivocado, que gerou, aumentou, potencializou o caos do transporte coletivo em Campos. Então, quando o governo Wladimir entra na sua primeira gestão, ele já vem focado em promover uma solução eficaz. Teremos audiência pública na Câmara, no próximo mês, também para discutir com a sociedade civil, com a população e com experts da área. Um processo complexo, porque, hoje, a vontade do gestor não pode ser levada à risca, infelizmente, porque tem um processo de licitação feito lá atrás e tem que ser respeitado, e tem as decisões judiciais que têm que ser respeitadas. Os terminais vão ficar prontos, as pessoas vão se adaptar ao modelo, para depois, as próximas implementações virem acontecendo. Isso demanda tempo, é doloroso, mas a busca pela proximidade da perfeição está sendo feita e estudada pelo governo Wladimir".
Saúde no município — "Wladimir citou na entrevista que os tetos do governo federal, que são mínimos, 15 milhões, não dão para praticamente subsidiar nada. Se a gente somar o que deixou de vir de cofinanciamento do ano passado e deste ano do Governo Estadual, corresponde a um ano do orçamento da Fundação Municipal de Saúde. A Fundação Municipal de Saúde gere Ferreira Machado, HGG, Hospital São José e as UPHs. A gestão, principalmente, da porta aberta do município, sendo o lugar que recepciona a população na questão emergencial, é gerida com aproximadamente 200 milhões por ano. O município de Campos está implementando um sistema de controle em que, muito em breve, o prontuário eletrônico vai estar nas telas, todas as unidades estarão interligadas, seja qual o hospital do município você tiver, você vai ter a vida do paciente na tela do médico. Viemos de dois anos de pandemia e de um processo de reconstrução do prefeito Wladimir que as unidades são reabertas, não tinha atendimento do programa de saúde da família, com homologação do novo concurso, a gente vai ter mais profissionais de saúde de família dentro das unidades básicas de saúde, dando um atendimento mais próximo à população e criando esse vínculo. Isso, sendo controlado pela ponta do dedo, vai dar melhor qualidade de vida, melhor atendimento, mas tudo isso passa por um processo".
Falta de medicamentos na rede pública — "O medicamento tem. Às vezes, o que acontece é que o médico tem uma liberalidade. Tem médicos que se identificam um pouco mais com o medicamento, prescrevem um pouco mais esse. Tem médico que prescreve o outro. Isso é uma liberalidade e um entendimento da medicina. Agora, existem vários remédios que combatem a mesma coisa. As unidades de saúde do município têm os medicamentos para combater cada um dos problemas. Às vezes, pela licitação não ter sido deserta naquele item, às vezes pelo fato do mercado não estar fornecendo aquele medicamento, às vezes pelo preço do medicamento estar mais alto, não significa que a população esteja desassistida não. Ela continua sendo assistida, não necessariamente naquele medicamento que o médico utiliza de uma forma mais cotidiana".
Mudanças no RPAs — "O governo Wladimir Garotinho foi pioneiro a nível nacional quando fez a construção, junto da Procuradoria, de um Termo de Ajuste de Gestão (TAG) junto ao Tribunal de Contas do Estado. Os RPAs serão transformados em fases a serem cumpridas. Tem a Lei de Reforma Administrativa, é uma das fases. A outra fase é terceirização de mão de obra. A outra fase é processo seletivo. Por último, é o concurso público. Ou seja, vão migrar os RPAs para as formas de contratação específicas e possíveis dentro do regramento público. Temos uma Lei de Reforma Administrativa adequada. Traz para a realidade e para um futuro próximo à gestão municipal".
Câmara Municipal — "Temos uma gestão eficaz, voltada para a população e com compromisso com o povo. Então, existem medidas a serem tomadas pelo Executivo para que ele possa gerir o município, que às vezes são um pouco antipopulares. Se ele não tiver uma base sólida para entender isso e levar isso de uma forma clara para a população, isso não é oba-oba. É uma visão de que existem ações a serem implementadas que, em um médio curto prazo, podem trazer benefício ou podem trazer malefício. Não vou citar nomes, mas eu tive oportunidade internamente de vereadores que participaram até da gestão Wladimir e tiveram oportunidade de estar do lado oposto político, de que se tivessem já, de repente, o primeiro mandato, vou dizer assim, sem citar nome, que se tivesse hoje a vivência política, não teriam, de repente, saído do governo naquele momento, porque visualizaram que as ações de governo não foram no sentido prejudicial. As ações de governo foram necessárias para que a gestão tenha o ajuste, a gestão tenha a direção para conseguir entregar serviço público para a população e fazer com que as coisas funcionem".
Fred Rangel na presidência — "Temos um presidente com pulso firme e consciencioso. É um cara que ouve os vereadores, é um cara que, por ser vereador, luta também pelos vereadores, independente dele ter uma relação de proximidade. Ele conseguiu abrir e manter um diálogo. A Câmara hoje, independente de situação e oposição, a gente mantém discussões, a gente mantém conversas de bastidores que só fazem com que a gente cresça enquanto legisladores, e tente fazer o melhor possível pela população. Então, a nota de Fred hoje, eu vou dar uma 9,5, apesar de ser a primeira gestão, muito pouco tempo de gestão".
Relação com a base — "Faço parte de um grupo político em que eu me coloco na posição de soldado. Era suplente na gestão anterior e tive a oportunidade de estar na Câmara de Vereadores. Passei 70% do governo junto ao executivo. E me coloco na condição de soldado. Se for precisar de uma missão junto ao Executivo, a gente vai estar de pé e as ordens para poder ajudar na gestão, assim como hoje a gente está na Câmara de Vereadores. Graças a Deus, estou na mesa diretora, como primeiro secretário. Consegui galgar um espaço na vice-presidente na Comissão de Constituição e Justiça, que é a comissão principal da Casa, que a gente tem lá a alegria de estar compondo com o vereador Eduardo Azevedo e o vereador experiente Cabo Alonsimar".
Cobrança aos deputados — "Nós temos deputados estaduais do município de Campos e uma deputada no município vizinho. Temos o deputado Thiago Rangel, Bruno Dauaire, Rodrigo Bacellar, que é presidente da Alerj. Então, se eles não tiverem um olho para o seu berço, para a cidade onde eles nasceram e que construiu o movimento político deles e principalmente para o povo. A política tem que ficar de lado. Peço que os deputados estaduais do município de Campos, a deputada Carla Machado, se unam em prol do município de Campos dos Goytacazes, fazendo com que esse recurso estadual chegue também aos cofres públicos. Política é no ano que vem".
Eleição para presidente 2026 — "Vamos ter mais uma eleição bastante polarizada, mas acredito que, apesar de termos aí um tempo bem considerável, vai ter uma dificuldade muito grande do PT e do governo Lula reverter essa visão da população e do ponto de vista político e de gestão a ponto de deixar ele, apesar de estar na máquina. Então, a gente tem que avaliar por esse lado. Agora também, por outro lado, acredito que tudo o que tem acontecido diretamente com Bolsonaro, que é um símbolo hoje da extrema-direita, vai fazer com que essas eleições nacionais tenham aí um embate político muito considerável. No campo da direita, tem o Tarcísio, Ratinho Júnior, Eduardo Leite, tinha o Zema que estava mais latente, agora não tanto. De repente, alguém da própria família Bolsonaro, que não seja o Bolsonaro. No campo da esquerda, a gente vê menos possibilidade de nome. Eu acho que alguém que seja mais de centro-esquerda ou de centro-direita, mas que seja um pouco mais ponderado, que consiga trazer uma melhor pacificação para nível nacional e que dê um equilíbrio não só político, mas como na gestão que a gente precisa de evolução no campo federal para a gente sentir esses reflexos aqui no estado e no município".
Governo do Estado — "Nós temos inúmeras vertentes, inúmeras possibilidades no campo do Estado do Rio de Janeiro. E eu vejo essa eleição, apesar de ter números mostrando que o Eduardo Paes, prefeito da capital, tem um percentual considerável em que não se tem nem pré-candidatos postos efetivamente. Washigton Reis declarou que é pré-candidato. O Thiago Pampolha até, então, é pré-candidato. O Rodrigo Bacellar é pré-candidato. Wladimir Garotinho é pré-candidato. Então vamos lá, vamos fazer uma análise mais pragmática. Então, acho que está parecendo à população e eu, como eleitor, estou vendo isso de uma forma muito. É o poder pelo poder ou é a busca da coalizão em prol da população? É isso que a gente tem que parar para analisar de forma muito direta e objetiva".
Projetos legislativos — "Uma questão muito séria é a pausa menstrual. A gente tem algumas doenças ligadas à questão menstrual que, inclusive, trazem incapacidade laborativa. Tem endometriose, outros casos específicos em que a mulher fica inviabilizada de desenvolver o seu trabalho. Trago a necessidade da sensibilidade do Legislativo e do Executivo. Existe a necessidade, em alguns casos, de um a três dias do reconhecimento não ter a punição financeira, não ter a degradação da imagem dessa mulher, porque ela tem um problema que tem que ser tratado, na maioria das vezes não consegue ser tratado em um nível de que ela não tenha mais esse problema. A gente visa trazer projetos de lei que tragam benefício efetivo para as pessoas. Outros projetos de lei voltados para a mulher também tratam de diretrizes para o combate ao feminicídio. Tenho um projeto de lei criando o Cadastro Municipal Diretrizes para o Cadastro Municipal de Doadores".
Bebê reborn — "O projeto de lei, eu o nomino, é “Lei sentido real da ética”. Essa nominação ampla e diretiva, que vai do afeto à ética, da humanização à punição. Tem alguns níveis de entendimento em relação ao bebê reborn. A característica lúdica, da brincadeira, que é a questão do colecionador. Tem a questão terapêutica de casais enlutados pela perda de um bebê ou por um bebê natimorto. E a questão fraudulenta também. Então, a gente tem essas quatro vertentes que podem ser analisadas nesse quesito do bebê reborn".