Petroleiros de todo o país estão em greve a partir desta segunda
15/12/2025 08:33 - Atualizado em 15/12/2025 17:03
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Os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Petrobrás estão em greve por tempo indeterminado, desde a zero hora desta segunda-feira (15), em todo o país. A paralisação nacional é resultado de amplo processo de assembleias e expressa a insatisfação da categoria diante dos ataques e das ações unilaterais da gestão Magda. No Norte Fluminense, a adesão é grande nas plataformas da Bacia de Campos e nas bases de terra. No início desta manhã, os diretores sindicais houve movimentação no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, e em Cabiúnas, em Macaé.
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A greve tem como eixos centrais a luta por um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) forte, a justa distribuição da riqueza gerada pela Petrobrás, o fim dos equacionamentos da Petros (PEDs) e o reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, com a suspensão imediata dos desimplantes forçados.

Representantes dos sindicatos com base offshore estiveram reunidos na tarde deste domingo (14) para alinhar as últimas estratégias antes da deflagração da greve nacional, que ocorre de forma unificada em todas as regiões do país.

Na base do Sindipetro-NF, as assembleias foram concluídas na sexta-feira (12). O resultado final, considerando todas as unidades offshore e onshore, registrou 96,10% de aprovação para a greve por tempo indeterminado, evidenciando a forte adesão da categoria ao movimento.

“Definimos uma série de itens que serão utilizados como base para construirmos a greve. Os Sindipetros estão reunidos para que entremos juntos nessa mobilização de forma unificada. Se a empresa não recuar nos ataques que estão sendo colocados nesta Campanha Reivindicatória, não apontar uma solução para os PEDs e não apresentar um ACT compatível com o tamanho da Petrobrás — que segue sendo a empresa mais lucrativa do país — a categoria responde com greve. Uma greve extremamente forte, com controle e parada de produção”, afirma Sérgio Borges, coordenador-geral do Sindipetro-NF.

Os 14 sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão mobilizados e cumprem rigorosamente os trâmites legais previstos na Lei de Greve (Lei nº 7.783/89). A unidade, a solidariedade e o companheirismo entre os trabalhadores marcam mais este momento histórico de enfrentamento da categoria petroleira em defesa de direitos, da soberania nacional e de condições dignas de trabalho.
A Folha entrou em contato com a Petrobras para um posicionamento da empresa. Através de nota, a Petrobras informou que foram registradas manifestações em unidades da companhia em virtude de movimento grevista. A empresa afirmou que "não há impacto na produção de petróleo e derivados" e que adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações, além de reforçar que o abastecimento ao mercado está garantido.

"A empresa respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas. A Petrobras está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de Agosto deste ano. Na última terça-feira (09/12) a companhia apresentou sua última proposta, que contempla avanços aos principais pleitos sindicais. A Petrobras segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais", finaliza a nota.
Com informações da assessoria 

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