Megaoperação no RJ contra foragidos da Justiça por roubo, latrocínio e receptação
13/03/2025 10:11 - Atualizado em 13/03/2025 13:30
Operação da Polícia Civil
Operação da Polícia Civil / Divulgação - Polícia Civil
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro deflagra, nesta quinta-feira (13), a Operação Espoliador que tem o objetivo de cumprir mandados de prisão contra foragidos da Justiça por crimes de roubo, em todas as suas modalidades; de latrocínio; e de receptação. A ação ocorre em todo o estado e conta com a participação de mais de 700 policiais civis das delegacias dos Departamentos-Gerais de Polícia da Capital (DGPC), da Baixada (DGPB), do Interior (DGPI), Especializadas (DGPE) e de Homicídios (DGHPP). Até o momento, 345 criminosos foram presos.

Os mandados de prisão expedidos pela Justiça são decorrentes de inquéritos policiais. As investigações apontam que boa parte dos roubos praticados são fomentados por narcotraficantes que não somente realizam a venda de drogas em comunidades, como exploram o território das mais diferentes formas. Durante a ação, policiais civis da Delegacia de Defraudações (DDEF), da 21ª DP (Bonsucesso) e da 143ª DP (Itaperuna) capturaram, também nesta quinta-feira (13), um criminoso apontado como um dos três pilares da hierarquia do Terceiro Comando Puro no Complexo da Maré. Luiz Carlos de Lomba, o “Chocolate”, tinha o papel de “químico” da facção, responsável pela avaliação, aprovação ou reprovação da qualidade/pureza da cocaína comercializada pelo grupo na região.
Luiz Carlos De Lomba
Luiz Carlos De Lomba / Foto: Reprodução rede social
No momento da captura, o criminoso passava por uma consulta de avaliação de um procedimento estético. Ele havia feito uma harmonização facial com o objetivo de alterar sua aparência para despistar a polícia, evitando assim pagar pelos crimes cometidos. Segundo as investigações, ele não atuava mais presencialmente na Maré, “trabalhando” em esquema de home office para a facção. Contra ele, havia um mandado de prisão, expedido pela Justiça em 2024, pelos crimes de associação criminosa e roubo. Ele é investigado em, pelo menos, 35 procedimentos criminais.

Para aumentar o lucro, as organizações criminosas também emprestam armas e auxiliam em todo processo logístico para a execução de outros delitos, como roubo de cargas, de veículos, a transeuntes, a residências, a instituições financeiras e a estabelecimentos comerciais. Os recursos oriundos das atividades ilícitas fomentam as disputas territoriais, bem como financiam a “caixinha” das quadrilhas.

A Polícia Civil vem realizando um trabalho contínuo contra as organizações criminosas. Dados de investigação e de inteligência mostram que uma dessas facções, por exemplo, é responsável por cerca de 80% de roubos de veículos e 90% dos roubos de cargas na capital e na Região Metropolitana. 

Durante a ação desta quinta-feira, a Sepol visa a atacar toda a cadeia criminosa, desde os líderes das quadrilhas, passando pelos colaboradores, executores e receptadores. Estes últimos, responsáveis por estimular as práticas delituosas.
Fonte: Polícia Civil 

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