O livro “Dom Antônio de Castro Mayer e o legado tradicionalista em Campos” é resgate histórico de uma figura emblemática no século XX, na esfera religiosa, em Campos. Na sexta-feira (6), às 18h, o professor e historiador, doutor da Universidade de Laval (Canadá) e PUC de Minas Gerais, Vinícius Couzzi Mérida, estará na 12ª Bienal de Campos para lançar a obra de 700 páginas. Antes, na terça-feira (3), o pesquisador esteve na sede do jornal Folha da Manhã, quando entregou um exemplar à presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa e o diretor Christiano Barbosa. Muito da história de Dom Antônio, amado por muitos e odiado por tantos outros, foi resgatada nos arquivos do jornal.

Na Folha, o escritor itaperunense e sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes (IHGCG) esteve acompanhado do presidente do IHGCG, Adelfran Lacerda. Sobre sua obra, Vinícius diz ser resultado de vários anos de pesquisas documentadas de forma criteriosa e refinadamente feitas por ele, reproduzindo a Tese de Doutorado em “Ciências da Religião”. A tese, inclusive, foi aprovada com louvor pela rigorosa banca examinadora das duas universidades de Laval e a PUC, defendida este ano.

 – Certamente de repercussão internacional pela importância do tema e a atualidade do assunto, com a eleição recente do novo Papa Leão XIV, constam mais de 40 citações expressas e reproduções de matérias publicadas no Jornal Folha Manhã, na década de 80 – destaca o autor que, somente em maio, contou mais de 120 mil visualizações internacionais, no YouTube.

De acordo com Vinícius sua pesquisa teve início no desejo de responder suas próprias perguntas, no entanto, no decorrer foi descobrindo que muitas pessoas tinham interesse na história de Dom Antônio de Castro Mayer que travou uma luta para manter a Igreja Católica tradicionalista, o que acabou com a reforma, o levando a expulsão. “Uma obra que resgata um personagem histórico fundamental para entender a história do catolicismo no século XX e Campos tem papel singular”, disse.

A presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, considera a obra importante para a história religiosa da região. Segundo ela, o movimento tradicionalista de Dom Antônio Mayer foi muito forte e ele acreditava muito no que professava. Na igreja, como em tudo na vida, tem prós e contra, mas democracia deve prevalecer”, disse Diva Abreu que também parabenizou o autor pelo trabalho brilhante de resgate histórico.

Em 1949, Dom Antônio de Castro Mayer tornou-se bispo diocesano de Campos. Durante seu pastoreio foi grande crítico do progressismo em um ambiente pós-conciliar, além de fundador e líder da “União Sacerdotal São João Maria Vianney”. Sua luta o levou à excomunhão. Sua morte ocorreu em 1991.

Além da participação na Bienal de Campos, o livro pode ser adquirido pelo site da livraria Bookbom Livros.